Relatório da Saúde em Pará de Minas aponta aumento de internações por causas externas e mortes prematuras

A Secretaria Municipal de Saúde de Pará de Minas apresentou, em audiência pública, o 1º Relatório Detalhado do Quadrimestre Anterior (RDQA) de 2025. Conduzida por Gilberto Denoziro Valadares da Silva e Cristiane Paulino, a audiência revelou dados importantes sobre o cenário de saúde no município. O evento ocorreu no plenário da Câmara Municipal.

Panorama da saúde e o alerta sobre o envelhecimento
Pará de Minas é considerado um município privilegiado, com uma boa estrutura e um alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) em comparação à média nacional. Além disso, a cidade atua como referência na Microrregião de Saúde de Pará de Minas e Nova Serrana, oferecendo serviços de saúde a uma população de aproximadamente 270 mil pessoas. Desse total, mais de 102 mil habitantes em Pará de Minas; 5.567 em Conceição do Pará; 11.252 em Igaratinga; 3.270 em Leandro Ferreira; 112.910 em Nova Serrana; 3.027 em Onça de Pitangui; 27.734 em Pitangui e 4.677 em São José da Varginha.

O relatório destacou que 60% da população economicamente ativa em Pará de Minas está na faixa etária entre 20 e 59 anos, o que ressalta a importância de um olhar mais atento à saúde do trabalhador e ao envelhecimento saudável para evitar o aumento de doenças crônicas e internações mais longas:

Cristiane Paulino
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Reprodução/YouTube/Câmara Municipal de Pará de Minas

Principais causas de internação e óbito
Uma mudança significativa foi observada na principal causa de internação no município em 2025: as lesões por causas externas, que incluem acidentes de trânsito, violência, envenenamentos e tentativas de autoextermínio. Em seguida, aparecem as doenças do aparelho circulatório (como AVC e infarto) e as doenças do aparelho respiratório (como pneumonias). O relatório também apontou um aumento de 22% nas internações por câncer:

Cristiane Paulino
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Em relação à mortalidade, dados preliminares de 2024 indicam um aumento de 4% em relação ao ano anterior. As doenças do aparelho circulatório são a principal causa de óbitos, seguidas por câncer, causas externas e doenças respiratórias. Cristiane Paulino ressaltou, ainda, que 39% das mortes registradas em 2024 ocorreram em pessoas de 30 a 69 anos, consideradas mortes prematuras:

Cristiane Paulino
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Responsabilidade individual e o sistema de saúde
A especialista enfatizou que a saúde não pode ser comprada e depende de mudanças de comportamento e hábitos de vida, uma vez que o sistema de saúde muitas vezes se encontra sobrecarregado. Ela chamou a atenção para a responsabilidade individual na busca por um envelhecimento saudável e na prevenção de doenças, reforçando que a mudança começa com cada um e que a população de forma geral demonstra um certo descaso com o autocuidado.

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