Mercado financeiro revisa para baixo a previsão de inflação. IPCA tem décima queda consecutiva

A estimativa do mercado financeiro para a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou pela décima vez seguida. A projeção para este ano passou de 5,09% para 5,07%, conforme o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Banco Central (BC). Para os anos seguintes, as projeções são de 4,43% em 2026, 4% em 2027 e 3,8% em 2028.

A estimativa para 2025 permanece acima do teto da meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em junho, apesar da pressão da energia elétrica, a inflação oficial desacelerou para 0,24%, com a primeira queda nos preços de alimentos em nove meses. No entanto, o acumulado em 12 meses atingiu 5,35%, ultrapassando o limite da meta pelo sexto mês consecutivo. Esse estouro da meta obriga o presidente do BC a justificar as causas e apresentar um plano para o retorno da inflação aos limites estabelecidos.

Selic permanece em 15% após ciclo de altas
Para controlar a inflação, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, que está em 15% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), o ciclo de sete aumentos consecutivos foi interrompido devido ao recuo da inflação e à desaceleração da economia. O Copom informou que a política comercial dos Estados Unidos aumentou as incertezas, mas a intenção, por enquanto, é manter a taxa. A possibilidade de novos aumentos, se necessário, não foi descartada.

O mercado financeiro estima que a Selic termine 2025 em 15% ao ano. A expectativa é de queda para 12,5% em 2026, 10,5% em 2027 e 10% em 2028. Juros altos encarecem o crédito e desaquecem a economia, enquanto juros baixos incentivam o consumo e a produção, mas podem pressionar a inflação.

Crescimento do PIB e projeção para o dólar
A previsão para o crescimento da economia brasileira, medido pelo Produto Interno Bruto (PIB), foi mantida em 2,23% para este ano. Para 2026, a projeção caiu levemente para 1,88%, e para 2027 e 2028, a expectativa é de expansão de 1,95% e 2%, respectivamente. No primeiro trimestre de 2025, o PIB brasileiro cresceu 1,4%, impulsionado pela agropecuária. Em 2024, a alta foi de 3,4%, marcando o quarto ano seguido de crescimento.

A cotação do dólar, por sua vez, está prevista em R$ 5,60 para o final de 2025 e em R$ 5,70 para o final de 2026. Com informações da Agência Brasil

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