Mercado de trabalho brasileiro registra forte crescimento em maio
O Brasil demonstrou um vigoroso desempenho na criação de postos de trabalho formais em maio, adicionando quase 149 mil novas vagas com carteira assinada. Os dados, divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), apontam um cenário positivo para o emprego no país.
Setores impulsionam a geração de vagas
O saldo de 148.992 empregos com carteira assinada em maio é resultado de mais de 2,2 milhões de admissões e cerca de 2,1 milhões de desligamentos no período. Todos os cinco grandes setores da economia apresentaram saldo positivo, com destaque para os serviços, que lideraram a criação de vagas com 70.139 novos postos. Em seguida, o comércio contribuiu com 23.258 vagas.
A indústria também teve um bom desempenho, gerando 21.569 novos empregos. A agropecuária registrou um saldo positivo de 17.348 vagas, enquanto a construção civil adicionou 16.678 novos postos de trabalho ao mercado formal.
Acumulado do ano e destaque regional
No acumulado de janeiro a maio, o Brasil já superou a marca de 1 milhão de novas vagas de emprego, totalizando 1.051.244 postos criados, o que representa um crescimento de 2,3% no ano. Atualmente, o estoque de empregos formais no país atinge mais de 48,2 milhões.
Entre os estados, São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro se destacaram como os maiores geradores de emprego em maio, com saldos positivos expressivos. O Acre apresentou o maior crescimento relativo no período. Apenas o Rio Grande do Sul registrou um leve saldo negativo.
Jovens e mulheres lideram a inserção no mercado
A análise do Caged revelou que a geração de postos de trabalho em maio foi mais favorável para as mulheres, com um saldo de 78.025 vagas, superando os homens, que registraram 70.967 novos empregos. Os jovens com idade entre 18 e 24 anos também foram grandes beneficiados, com mais de 98 mil novas vagas, impulsionados principalmente pelos setores do comércio e da indústria de transformação.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, ressaltou a importância da inserção dos jovens no mercado: “Dos 148 mil [postos de trabalho], nós temos a esmagadora maioria de jovens. Então, derruba por terra essa certeza de muita gente de que os trabalhadores jovens não estão aceitando ir para o mercado de trabalho”. No entanto, o ministro salientou que os salários baixos ainda são um fator que afasta os jovens do emprego formal, defendendo a revisão dos pisos salariais para tornar o mercado de trabalho mais atrativo.
Além disso, o aumento do emprego foi mais significativo para pessoas com nível médio de escolaridade e para pardos. Pessoas com deficiência (PCD) também registraram um saldo positivo de 902 vagas. O salário médio real de admissão em maio foi de R$ 2.248,71, com uma ligeira queda em relação ao mês anterior. Com informações da Agência Brasil

