Nova paralisação de trabalhadores da Turi não está descartada, diz sindicalista
Mesmo sabendo dos problemas enfrentados pelos motoristas e cobradores da Turi, empresa responsável pelo transporte coletivo urbano em Pará de Minas, muitos usuários se assustaram na terça-feira, 9 de abril, com a paralisação da categoria.
Muitos não acreditaram que os profissionais teriam coragem de deflagrar a greve que vinham anunciando desde a semana passada.
Os funcionários da empresa reivindicam há tempos um reajuste salarial compatível com outras cidades da região. O Sindicato dos Trabalhadores no Transporte Rodoviário tem tentado há anos este aumento com a empresa, porém em vão.
A resposta que sempre ouvem é que a empresa não tem contrato com o município e muito menos formas de aumentar o salário. Segundo a direção da Turi o que é arrecadado no município não supre as despesas, por isso seria impossível conceder o reajuste aos profissionais, que reclamam inclusive de falta de benefícios e jornada dupla, pois muitos motoristas acumulam o cargo de cobrar as passagens.
Após intensas negociações sem resultados, os profissionais resolveram paralisar as atividades na terça-feira por tempo indeterminado. Mas ainda na segunda-feira (8) a Turi teria trazido motoristas da empresa de outras cidades para suprir a demanda em caso de greve. Isso foi afirmado inclusive pelo gerente da empresa em Pará de Minas José Romeu Fiúza em áudio enviado via aplicativo.
Ainda segundo o áudio do gerente, na terça-feira aconteceria em Belo Horizonte, no Tribunal de Justiça do Trabalho, uma audiência para tratar do acordo com os trabalhadores. A audiência foi realizada. Teve início por volta das 17h30min e contou com a presença de representantes da Turi e do Sindicato de Pará de Minas.
Segundo o presidente Francisco Ferreira Borges, o objetivo da paralisação foi cumprido. Fazer com que a empresa negociasse com os trabalhadores o que eles reivindicam há tempos.
Em relação a reajustes nada está definido ainda e na reunião a Justiça determinou que nos horários de pico 60% dos ônibus devem trafegar. Mas o Sindicato juntos aos trabalhadores decidiram acabar com a greve e tentar negociar:
Francisco Ferreira Borges
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Nas reuniões anteriores, entre Sindicato e Turi, nada havia sido apresentado. Porém com a audiência, a empresa já propôs aumento de 3,5%. A proposta é considerada ruim pelos trabalhadores:
Francisco Ferreira Borges
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O presidente do Sindicato voltou a criticar o poder público municipal. Para Francisco Ferreira Borges, os vereadores e o prefeito precisam resolver a questão da empresa que presta o serviço na cidade sem contrato há quase dois anos:
Francisco Ferreira Borges
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A paralisação teve apoio de sindicatos de várias partes de Minas Gerais, como Lavras, Sete Lagoas, Divinópolis e Varginha. Francisco Ferreira avalia como positiva a greve realizada na terça-feira:
Francisco Ferreira Borges
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A nova audiência para o Sindicato fazer a contraproposta a Turi ainda não foi marcada pela Justiça do Trabalho.
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