“Se for só o que eu já vi” cortina de contenção no Rio Paraopeba não vai funcionar, diz biólogo

A afirmação é do biólogo José Hermano de Oliveira Franco, presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Ambiental (CODEMA) e gerente da Ama Pangeia, Organização Não Governamental (ONG) que desenvolve projetos em defesa do meio ambiente.

Ele está acompanhando os desdobramentos resultantes do rompimento da barragem da mineradora Vale no município de Brumadinho. A tragédia ocorrida na sexta-feira, 25 de janeiro, já matou 84 pessoas e outras 276 estão desaparecidas conforme o último boletim divulgado na noite desta terça (29).

O dano ambiental provocado pelos rejeitos da Vale é incalculável. Questionado sobre a cortina de contenção que técnicos da Vale pretendem instalar no Rio Paraopeba para não afetar a captação de água no distrito de Córrego do barro para abastecer Pará de Minas, ele diz que é preciso esperar para ver, mas com base no que ele já viu em experiências anteriores, ele acredita que não vai funcionar:


José Hermano de Oliveira Franco
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O biólogo vai mais além ao afirma que a mineradora Vale não está se propondo a colocar essa cortina de contenção visando o bem de Pará de Minas e muito menos do Rio Paraopeba. E sim, por temer uma ação de reparação de danos que pode ser apresentada pelo município e concessionária Águas de Pará de Minas:

José Hermano de Oliveira Franco
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Acrescenta que esta situação não se resolve apenas com a mudança da cor da água do Rio Paraopeba. Lembra que no Rio Doce, que foi atingido pelos rejeitos da barragem de Mariana em 2015, até hoje continua a mortandade de peixe. Por isso é preciso um monitoramento contínuo, não somente neste momento de crise:

José Hermano de Oliveira Franco
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Por isso ele afirma que os técnicos da Agência Reguladora do Serviço de Água e Esgoto (ARSAP) e da Secretaria de Meio Ambiente da prefeitura de Pará de Minas precisam ficar atentos a estes fatos e não afrouxar a fiscalização no Rio Paraopeba para garantir a qualidade da água:

José Hermano de Oliveira Franco
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O gerente de Regulação da Agência Reguladora do Serviço de Água e Esgoto (ARSAP), Frederico Mendes Amaral, afirmou na segunda (28) que os fiscais da agência estão acompanhando todo esse trabalho de monitoramento para garantir a qualidade da água que abastece Pará de Minas.

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