Antônio Júlio confirma que já pagou manifestantes e que protesto pacífico não dá resultado
Na última quarta-feira (10) o jornal O Tempo, publicou nota na coluna A.Parte com algumas declarações fortes creditadas ao prefeito de Pará de Minas e presidente da Associação Mineira de Municípios, (AMM) Antônio Júlio de Faria.
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Na nota, o líder do movimento municipalista teria afirmado que as grandes manifestações que causaram impacto no Brasil eram promovidas por grupos de pessoas pagas.
Por isso, Antônio Júlio de Faria propôs que os protestos feitos pelos gestores municipais para reivindicar ações e verbas do governo federal usassem manifestantes pagos. “Já usei gente paga para fazer manifestação, todo mundo faz”, afirmou.
Acrescentou que existem agências especializadas em fornecer manifestantes de acordo com a necessidade dos contratantes. “Se precisar de criança, eles arrumam, se precisar de velho ou de pobre, tem também”, disse.
Na mesma nota também conta a afirmação de Antônio Júlio, afirmando que os protestos que dão resultado são os que causam confusão. “Manifestação pacífica não dá ibope”, cravou. Completou sua argumentação, dizendo que o sangue dos manifestantes agredidos é falso, fruto do uso de “produtos químicos”.
Antônio Júlio teria dito ainda que, em determinada ocasião, fechou a BR–262, em uma sexta-feira de véspera de Carnaval, para reivindicar melhorias na estrada. O efeito teria sido rápido: 90 dias depois o governo já havia iniciado as obras de recuperação. Para esse protesto, contou com manifestantes pagos. “Quem estava lá mesmo era só eu e mais uns quatro”, gabou-se.
As declarações teriam sido feitas em uma reunião com cerca de 150 prefeitos mineiros, na sede da AMM, em Belo Horizonte. Os gestores públicos reclamam da escassez de recursos para manter os municípios.
A reportagem do Portal GREWS ouviu Antônio Júlio de Faria sobre estas declarações. Ele explicou que não concedeu entrevista sobre o tema e que o jornal O Tempo publicou o que foi falado durante a reunião dos prefeitos.
O prefeito de Pará de Minas confirmou as declarações e afirmou que a grande maioria dos protestos com repercussão foi marcada por violência e confrontos com a polícia. Segundo ele, as manifestações pacíficas não dão resultado devido a hipocrisia da imprensa nacional:
Antônio Júlio de Faria
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Antônio Júlio de Faria ressalta que a mídia já comprovou em algumas manifestações cheias de repercussão o pagamento de participantes por parte de um partido político. Segundo ele, a ida dos prefeitos a Brasília precisa de um fato novo e que chame a atenção:
Antônio Júlio de Faria
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O presidente da AMM disse ainda que todos os envolvidos em movimentos sabem do fato realacionado ao pagamento de manifestantes, mas não têm coragem de admitir. Antônio Júlio de Faria também falou da citada uma manifestação na BR-262 em que ele teria pago as pessoas que realizaram o protesto:
Antônio Júlio de Faria
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A Constituição Federal, lei máxima do país, prevê a liberdade de expressão e de manifestação pacífica. Porém, a legislação não dá margem para protestos com depredação de patrimônio público e confrontos violentos.
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