Esclerose múltipla: 6 atitudes que transformam a vida com a doença
O Agosto Laranja é um período de conscientização sobre a esclerose múltipla, uma doença crônica e autoimune que afeta o sistema nervoso central. A condição provoca a destruição da bainha de mielina, prejudicando a comunicação entre o cérebro e o corpo. Considerada uma das principais causas de deficiência em jovens adultos, a esclerose múltipla atinge cerca de 2,8 milhões de pessoas no mundo, com estimativas de 15 a 27 casos a cada 100 mil habitantes no Brasil.
O papel do diagnóstico precoce e do autocuidado
Embora a causa exata seja desconhecida, fatores como predisposição genética e obesidade na infância podem contribuir para o seu desenvolvimento. A doença geralmente se manifesta entre os 18 e 40 anos, afetando mulheres três vezes mais que homens.
A neurologista Karoline Cohen, do Hospital e Maternidade São Luiz Campinas, destaca que, apesar de não ter cura, a esclerose múltipla é tratável. Com o diagnóstico precoce e a adoção de um estilo de vida saudável, é possível controlar os sintomas e manter a qualidade de vida. A especialista reforça que os tratamentos evoluíram, permitindo aos pacientes mais autonomia e bem-estar.
Seis passos para conviver melhor com a doença
Mantenha-se ativo: a atividade física é essencial no tratamento. Exercícios adaptados ajudam a manter a força muscular, o equilíbrio e a disposição, e são mais eficazes quando combinados com uma alimentação equilibrada.
Cuidado com o calor: a exposição a altas temperaturas pode aumentar a fadiga e piorar temporariamente os sintomas. A recomendação é usar roupas leves, frequentar ambientes climatizados e tomar banhos frescos.
Faça avaliações regulares: o acompanhamento com um neurologista é fundamental para monitorar a progressão da doença e ajustar o tratamento. Exames de imagem e laboratoriais são cruciais para evitar surtos e sequelas.
Reconheça os sinais: fique atento a sintomas comuns como alteração na sensibilidade, perda de força, problemas de visão, dor nos olhos e incontinência urinária. No início, os surtos podem melhorar espontaneamente, mas com o tempo, a recuperação pode se tornar mais lenta.
Adapte o tratamento: as terapias, que podem ser injetáveis, orais ou por infusão, devem ser individualizadas conforme o estágio da doença e o perfil do paciente.
Amplie as terapias de suporte: o tratamento multidisciplinar é a chave para a independência do paciente. Fisioterapia, fonoaudiologia e apoio psicológico são terapias que ajudam a preservar a qualidade de vida.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Hospital e Maternidade São Luiz Campinas


