Sindicalista atribui possível falta de milho a ato irresponsável do governo federal

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No começo deste ano a ex-ministra da Agricultura, Kátia Abreu, autorizou a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a lançar um edital de leilão de meio milhão de toneladas de milho.

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Na época ela justificou a medida dizendo que houve um forte aumento nos preços e manter os estoques custava muito caro. A expectativa era de que os leilões feitos pela Conab servissem para ajustar os preços.

O milho é uma matéria prima essencial na produção de ração para o setor de aves, suínos e bovinos. O agronegócio é um dos grandes pilares da economia do país e precisa de uma atenção especial.

Mas, a postura adotada trouxe preocupação a Eugênio Mendes Diniz, presidente do Sindicato Rural Patronal de Pará de Minas. Segundo ele, o governo da presidente Dilma Rousseff, que foi afastada do cargo, praticamente acabou com o estoque de milho.

O sindicalista classifica como irresponsável a atitude adotada e alerta que o momento é preocupante. A falta de milho no mercado poderá resultar no aumento drástico dos custos bancados pelos produtores rurais, inclusive de leite:
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Eugênio Mendes Diniz
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Ele disse ainda que a situação poderá afetar muito a região de Pará de Minas, pois o agronegócio é um dos setores mais fortes da economia do município. A medida foi classificada como irresponsável e acabou com a credibilidade do país:

Eugênio Mendes Diniz
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O novo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, disse que a Conab vai vender mais milho de seus estoques para minimizar a alta dos preços do cereal no mercado doméstico, que encareceu a produção de carnes suína e de frango pelas indústrias do país. O volume de milho a ser ofertado ainda não foi definido.

Tanto que na quarta-feira (25), com o objetivo de reduzir o preço do milho, o Conselho Interministerial de Estoques Públicos de Alimentos (Ciep) aprovou a venda direta de 160 mil toneladas de milho, com limite mensal de seis toneladas por produtor. De acordo com o Ministério da Agricultura, a venda direta dos estoques públicos do grão vai beneficiar principalmente pequenos criadores das regiões Sul e Nordeste, que usam o milho na alimentação dos animais.

Os criadores compram o produto nos balcões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pelo preço médio de mercado na região. Atualmente, a Conab tem 902 mil toneladas do grão armazenado.

Além do milho, o Ciep também autorizou a venda 15,6 toneladas de farinha de mandioca e de 6,2 toneladas de fécula de mandioca. Esses produtos foram comprados no ano passado pelo governo, por meio de Aquisição do Governo Federal (AGF), para regular o preço de mercado.

A resolução também estabelece os preços de liberação de estoques de produtos como milho em grão, arroz em casca, café arábica e outros produtos. Na prática, se cotação de mercado estiver acima desses valores, o governo fica autorizado a vender os estoques. Os valores constam na medida publicada na quarta (25) no Diário Oficial da União.

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