Aumenta procura por empresas de cobranças e recuperação do crédito para limpar nome de devedores


A crise econômica do Brasil tem provocado muitas mudanças no comportamento de empresas, trabalhadores e clientes. Com o orçamento cada vez mais apertado, várias estratégias são utilizadas para superar os desafios.

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A indústria, o comércio e a prestação de serviço sempre busca a queda na inadimplência por parte dos clientes. A facilidade do crédito é uma opção, mas precisa ser bem analisada pelos administradores.

O sistema financeiro é cheio de riscos e por isso as taxas de juros são muito altas no país. A concessão de crédito é uma das opções mais procuradas e mais riscos de sofrer perdas.

A situação é delicada por causa do grande número de pessoas desempregadas e endividadas. Sem dinheiro para quitar os débitos, milhares de pessoas transformam as faturas em bolas de neve.

De acordo com o economista Eduardo de Almeida Leite, a lei brasileira infelizmente protege muito os maus pagadores. Com isso as taxas de juros são altas porque os bancos correm um grande risco de tomarem calotes:


Eduardo de Almeida Leite
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O país ainda enfrenta um período de profunda recessão econômica com queda na geração de emprego e renda. Esse cenário faz com que muitos empresários contratem o serviço de cobrança e recuperação de crédito:

Eduardo de Almeida Leite
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Outro fator que agrava a inadimplência é a falta de planejamento dos consumidores brasileiros. Muitos se tornam maus pagadores porque não levaram em consideração todos os detalhes envolvidos na aquisição de produtos ou contratação de serviços:

Eduardo de Almeida Leite
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Os especialistas em finanças orientam o cidadão a usar o cartão de crédito como meio de pagamento e nunca quitar o valor mínimo da fatura. O cheque especial também é um recurso que deve ser usado apenas em uma situação de emergência financeira.

Um estudo feito pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) mostra que em 2018 triplicou o número de inadimplentes que afirmam já ter contratado empresas na tentativa de limpar o nome aumentou 16 pontos percentuais (25%) em relação ao resultado de 2017 (9%).

Estas empresas estão de olho em aproximadamente 62 milhões de inadimplentes no país, prometendo limpar o nome de consumidores que querem recuperar crédito no mercado e retirar seu CPF das listas de negativados.

A pesquisa feita apontou que 14% dos entrevistados que contrataram o serviço disseram que a situação foi resolvida e 11% não tiveram o nome limpo. Entre os que contrataram e não conseguiram limpar o nome, 39% receberam parte do dinheiro de volta, 31% receberam todo o dinheiro e 30% não foram restituídos em nada.

O levantamento também indica que entre os principais motivos para contratar a empresa aparecem: garantir que o nome fosse realmente limpo (24%), receber ajuda nas negociações (19%) e evitar constrangimentos com os credores (19%). O valor pago para limpar o nome foi, em média, de R$ 375,21 – 45% pagaram um valor antecipado fixo e 37%, um valor antecipado com percentual sobre o valor da dívida.

Dos entrevistados, 53% disseram que valeu a pena pagar pelo serviço porque o nome foi limpo. Para 31%, no entanto, isso não valeu a pena, porque ficou muito mais caro do que se tivessem resolvido sozinho direto com a empresa credora.

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