Vacina contra covid protege o coração e previne sequelas da doença
Um novo consenso clínico, publicado na Revista Europeia de Cardiologia Preventiva, reforça que a vacinação contra a covid-19 não protege apenas contra a forma grave da doença, mas também contra complicações cardíacas e a covid longa. O documento, elaborado por cinco associações médicas europeias, aponta que a imunização reduz em mais de 40% o risco de desenvolver a covid longa.
Efeitos no coração e o perigo do vírus
A pesquisa destaca que o vírus pode causar complicações cardíacas graves, como miocardite, infarto e acidente vascular cerebral (AVC), mesmo em pessoas sem doenças pré-existentes. O risco de problemas cardiovasculares é duas vezes maior em quem teve covid-19, e sobe para quatro vezes em caso de internação. Os cientistas recomendam a vacinação, especialmente para grupos de alto risco, e ressaltam que a imunização também pode ajudar a aliviar os sintomas da covid longa.
Vacinas seguras e recomendadas
O consenso esclarece que as complicações após a vacinação são raras, de curta duração e menos graves do que as causadas pelo próprio vírus. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, reforça que a vacina é a única medida preventiva comprovada e que o risco de miocardite pelo vírus é muito maior do que o causado pela vacina.
Kfouri lembra que idosos, imunocomprometidos e gestantes devem seguir o calendário de reforços. Desde 2024, a vacina também faz parte do calendário básico de vacinação de crianças a partir dos seis meses, já que elas, junto com os idosos, compõem o grupo com maior número de hospitalizações. Com informações da Agência Brasil

