Alterações climáticas prejudicaram produção de grãos e safra deve ser menor em MG
Os consumidores continuam sentindo no bolso a alta dos preços do feijão, arroz, leite e outros alimentos. Por outro lado, os produtores de aves, bovinos e suínos sofrem com a supervalorização do milho, um dos insumos usados na fabricação da ração animal.
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No estado Minas Gerais a produção de grãos deverá ser de 11,97 milhões de toneladas no período produtivo 2015/16. Isso representará um avanço de 1,4% em relação à safra anterior.
O dado positivo foi registrado graças ao desempenho recorde da soja. A produção alcançou 4,71 milhões de toneladas, alta de 34,3%. Já a produção de milho e feijão segunda safra, foi afetada pela escassez de chuvas ao longo dos meses de abril e maio deste ano.
Esses dados foram divulgados no 10º Levantamento da Safra 2015/16, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A produção de milho no estado somou 5,1 milhões de toneladas na primeira safra. Trata-se de um volume 6,4% menor.
Oferta limitada, real desvalorizado em comparação ao dólar e a demanda internacional aquecida, foram determinantes nas exportações do cereal e os preços internos bateram valores recordes.
Na safrinha, apesar da expectativa de uma produção maior, o clima não foi favorável e a falta de chuvas entre abril e maio fez com que a produtividade média recuasse expressivos 52,7%.
O impacto foi visto na produção, ou seja, 956 mil toneladas, uma queda de 32%. A produção total de milho entre os produtores mineiros será de 6 milhões de toneladas, uma queda de 11,7%.
Roberto Simões, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), ressalta que as regiões que mais produzem sofreram muito com as alterações climáticas e isso vem refletindo no mercado:
Roberto Simões
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Sobre a isenção de impostos por parte do governo estadual para incentivar a importação do milho, ele explica que o processo é tão burocrático e demorado que a nova safra poderá sanar a escassez do grão mais rápido:
Roberto Simões
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As condições climáticas nas principais regiões produtoras afetaram as lavouras do milho, do arroz e o feijão. Houve uma redução de 8,9% em relação à safra anterior, 208 milhões de toneladas, recorde na série histórica desde 1977. Esta análise foi publicada pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
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