Festas populares, eleições e reflexos da Reforma Trabalhista tornaram 2018 um ano atípico, diz sindicalista

Assim como já é tradição, o ano começou com as comemorações do Carnaval. É praticamente uma semana a duração da maior festa popular do Brasil, que atrai milhares de pessoas ao redor do país e de outras partes do mundo. Em 2018 também foi disputada a Copa da Mundo na Rússia.

Em seguida o Congresso Nacional, em Brasília passou a discutir reformas polêmicas que estavam engavetadas há anos. Uma proposta que não foi adiante foi referente a Previdência Social, que já registra um déficit milionário.

Houve manifestações nas ruas contra a mudança que foi considerada perversa e abusiva. O presidente da República, Michel Temer (MDB-SP) decidiu não protocolar a matéria na Câmara dos Deputados.

Porém, o governo federal já havia conseguido aprovar o projeto da Reforma Trabalhista em 2017, mas seu efeitos foram notados ao longo de 2018. A promessa é de que as alterações na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) seriam benéficas para empregados e empregadores, não vingou na avaliação de muitos.

O apoio as matérias se transformou em um verdadeiro balcão de negócios em que deputados federais e senadores negociavam apoio na votação em troca de verbas para serem enviadas as suas bases eleitorais.

Outro custo alto para o país em 2018 foram as eleições de outubro que elegeram presidente da república e vice, governador e vice, senador, deputado federal e deputado estadual. O eleitorado optou pela renovação.

Na avaliação de Joaquim Luiz de Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção e do Mobiliário de Pará de Minas, não existem motivos para comemorar e a expectativa é de que 2019 seja melhor.

Os sindicatos também sofreram perdas com o fim da contribuição obrigatória que era recolhida na folha de todos os trabalhadores e encaminhadas para as entidades de classe. O valor era equivalente a um dia de trabalho:

Joaquim Luiz de Freitas
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As verbas liberadas pelo governo federal para os parlamentares poderiam ter sido encaminhadas para as áreas da saúde, segurança pública, educação e assistência social. Outro agravante é o grande número de desempregados:

Joaquim Luiz de Freitas
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É importante que a sociedade tenha consciência de que o custo do país é pago pelos trabalhadores e as empresas privadas. O governo apenas recolhe impostos e tem a obrigação de reverter os recursos em serviços públicos.

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