Brasil atinge menor nível de trabalho infantil em atividades de risco
O Brasil registrou o menor número de crianças e adolescentes em atividades que se enquadram na Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil (Lista TIP). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2024, 560 mil jovens de 5 a 17 anos atuavam nessas ocupações de risco. O número representa uma queda de 39% em relação a 2016 e de 5% em comparação ao ano anterior, 2023.
Perfil dos jovens trabalhadores
A pesquisa do IBGE revelou que 60% dos jovens na Lista TIP têm entre 16 e 17 anos. A informalidade também é um problema, com 69,4% dos adolescentes de 16 e 17 anos em trabalhos sem carteira assinada, apesar de a taxa ser a menor já registrada. O levantamento também mostra que o trabalho infantil atinge de forma desproporcional a população preta e parda, que representa 67,1% do total de jovens na Lista TIP. Os meninos também são maioria, correspondendo a 74,4% do contingente.
Dupla desvantagem e combate à informalidade
Além de estarem expostos a condições de trabalho perigosas e insalubres, os jovens em atividades da Lista TIP recebem salários menores do que aqueles em outros tipos de trabalho. O analista do IBGE Gustavo Fontes aponta essa dupla desvantagem, destacando que as crianças em risco têm um rendimento médio mensal de R$ 789. O combate ao trabalho infantil, com ações de fiscalização e cooperação entre órgãos governamentais, tem sido fundamental para a redução desses números e da informalidade no setor. Com informações da Agência Brasil


