Obras de nova adutora devem começar em 30 dias e Comitê de Resposta ao Desastre define novo coordenador

Foi anunciado no dia 1º de fevereiro pelo prefeito Elias Diniz (PSD) a criação do Comitê de Gestão e Avaliação de Resposta ao Desastre após o rompimento da barragem de Brumadinho em 25 de janeiro, cujos rejeitos poluíram o Rio Paraopeba e Pará de Minas se tornou uma das cidades atingidas pelo crime ambiental.

Formado por representantes de vários segmentos, o comitê tem o objetivo de discutir os impactos e ações necessárias que minimizem os reflexos causados no município e cobrar da mineradora Vale o ressarcimento dos danos.

Após muitas discussões, o primeiro grande feito do comitê foi fazer com que a Vale assumisse o compromisso de construir uma adutora no Rio Pará para abastecer Pará de Minas nos próximos anos. Foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) e as tratativas para início das obras já iniciaram.

A mineradora também já construiu o reservatório na região de Córrego do Barro até a adutora da Águas de Pará de Minas e caso seja necessário, a água ajudará no abastecimento do município. Poços artesianos foram perfurados mas infelizmente na maioria a vazão era pouca.

Nos meses de fevereiro e março os encontros do comitê eram semanais para traçar estratégias. Depois passaram a ser mensais e muitos passaram a comentar que as reuniões não tinham mais tanta democracia, pois apenas um respondia pelo grupo.

Mas nesta terça-feira, 27 de agosto, após algumas discussões, um novo coordenador foi definido durante a reunião. O biólogo José Hermano de Oliveira Franco que já ocupou o cargo, retornou para ajudar o comitê nas decisões.

Um dos membros do Comitê, representante do Grupo Mais, Rodrigo Campos, disse a reportagem do Portal GRNEWS que finalmente retornaram à finalidade, que é defender os interesses da população perante o crime ambiental em Brumadinho:

Rodrigo Campos
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Rodrigo Campos explicou ainda que o decreto que cria o comitê deixa claro que cada órgão deve ter sua representatividade:

Rodrigo Campos
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O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) é representado no Comitê pelo promotor de Meio Ambiente Delano Azevedo. Entre os assuntos abordados no encontro, a construção da adutora no Rio Pará.

Por divergências quanto ao projeto, entre a Vale e a Águas de Pará de Minas, o prazo de entrega da obra foi prorrogado para julho de 2020:

Delano Azevedo
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A construção de uma nova penitenciária em Pará de Minas custeada pela Vale também pegou o promotor de surpresa. Ele acredita que a união de forças foi o que cancelou a obra na cidade:

Delano Azevedo
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A Vale tem repassado relatórios mensais ao MPMG e à concessionária Águas de Pará de Minas que estão atentas a prazos e execução das obras. Quanto à adutora a expectativa é que em no máximo 30 dias as três empresas responsáveis pela construção iniciem os trabalhos.

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