Governo brasileiro adquire alimentos de produtores afetados por tarifas dos EUA
O governo federal anunciou a compra de sete tipos de alimentos de produtores brasileiros que tiveram suas exportações prejudicadas pelo aumento das tarifas dos Estados Unidos. Sem a necessidade de licitação, os produtos serão utilizados na alimentação de escolas, hospitais, universidades e nas Forças Armadas. A medida, que já está em vigor, beneficia agricultores familiares e empresas que enfrentaram o tarifaço norte-americano.
Produtos para consumo público
A lista de alimentos inclui açaí, uva, água de coco, mel, manga, pescados e castanhas. As compras serão feitas usando o orçamento de programas já existentes, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), e também por meio de compras institucionais.
O ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura Familiar (MDA), destacou que a ação visa estimular que estados e municípios adquiram esses itens. O objetivo é absorver a produção que não está sendo mais exportada, evitando perdas, já que se tratam de produtos perecíveis. A medida foi formalizada na Portaria nº 12, assinada pelos ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário.
O que ficou de fora e o plano do governo
Apesar de também terem sido afetados pelas tarifas, a carne bovina e o café não foram incluídos na lista inicial. O ministro explicou que esses produtos têm maior durabilidade e mais facilidade de encontrar novos mercados no exterior.
Para vender sua produção diretamente ao governo, os produtores e empresas devem comprovar que foram prejudicados pelas tarifas e procurar órgãos como prefeituras, governos estaduais, hospitais federais e a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A iniciativa faz parte do Plano Brasil Soberano, um conjunto de ações do governo para proteger exportadores, manter empregos e fortalecer a economia. O plano inclui outras medidas, como a liberação de R$ 30 bilhões do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) em crédito com juros baixos, além de incentivos fiscais e diplomacia comercial. Com informações da Secretaria de Comunicação da Presidência da República do Brasil

