Pará de Minas tem 65 casos notificados de Dengue; MG tem 63 mortes causadas pela doença e reforça ações de prevenção

O Portal GRNEWS teve acesso ao novo boletim epidemiológico das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), com dados referentes até o dia 22 de novembro.

Até esta data, o Estado de Minas Gerais havia registrado 88.050 casos prováveis, o que incluem casos notificados exceto os descartados, de dengue. Desse total, 66.601 casos foram confirmados para a doença causa pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Minas Gerais também já confirmou 63 mortes em decorrência da dengue neste ano de 2022. Importante destacar que essas mortes são contabilizadas pela SES-MG a partir do município onde ocorrem as notificações. Entre estas 63, três foram de pessoas residentes em municípios mineiros, mas notificadas em outros estados. Assim o detalhamento pode cidade contabiliza 60 óbitos causados pela dengue em MG. Outros 18 óbitos, que também podem ter a doença como causa, estão sendo investigados.

Quanto à Febre Chikungunya, são 7.434 casos prováveis, dos quais 5.405 confirmados. Outros 46 registros são de casos prováveis de Zika, sendo que 12 foram confirmados.

Até o momento Minas Gerais não registrou mortes por Febre Chikungunya ou Zika vírus, mas cinco óbitos suspeitos relacionados a Febre Chikungunya estão sendo investigados.

Na região Centro-Oeste de Minas Gerais, o município de Nova Serrana lidera o ranking com mais casos notificados até o momento, totalizando 1.757 e um para Chikungunya. Nova Serrana também registrou uma morte causada pela dengue.

Em seguida, vem Divinópolis já registrou 299 casos de Dengue, quatro de Chikungunya. Depois Bom Despacho com 217 casos prováveis de Dengue e 17 de Febre Chikungunya.

Itaúna tem 74 casos e uma morte por Dengue, e outras 11 notificações para a Febre Chikungunya.

Em seguida, no ranking, vem Pará de Minas com 65 casos notificados de Dengue e seis de Febre Chikungunya.

O Município de Igaratinga tem 22 registros notificados de Dengue. Já Conceição do Pará tem 18 casos prováveis de Dengue e Papagaios também tem 18 notificações de dengue.

Onça de Pitangui tem seis notificações, quatro foram registradas em Pequi e em Maravilhas duas notificações de casos prováveis de Dengue.

SES reforça ações de prevenção contra a dengue, zika e chikungunya
Com a chegada da estação chuvosa, é necessário redobrar as ações de cuidados para evitar a proliferação do mosquito transmissor das arboviroses dengue, zika e chikungunya, o Aedes aegypti. A combinação entre o maior volume de chuvas e as altas temperaturas, trazem as condições ambientais favoráveis para que a população do inseto aumente, iniciando, consequentemente, um ciclo de transmissão dessas doenças.

Com o objetivo de reduzir os riscos de ocorrência de casos e preparar as equipes que atuam no combate ao Aedes, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) já iniciou uma série de ações, como capacitação dos profissionais, alinhamento de estratégias nos territórios e sensibilização da população quanto aos cuidados necessários para o combate ao vetor.

A coordenadora estadual de Vigilância das Arboviroses da SES-MG, Danielle Capistrano, ressalta que esse é o momento preparatório para enfrentamento das arboviroses, já pensando também no próximo ano. “Nós investimos na qualificação de supervisores de campo, no trabalho de campo dos Agentes de Controle de Endemias, qualificando e orientando quanto ao serviço que precisa ser realizado junto à população. Também temos investido no fomento da política pública, para custeio e investimentos, de forma que os municípios possam contar, por exemplo, com Equipamentos de Proteção Individual, uniformes, treinamentos, material para articulação ordenada do trabalho pelas equipes, entre outros”, destaca Capistrano.

Além disso, o Estado tem acompanhado as ações dos Comitês Municipais de Enfrentamento das Arboviroses, um grupo integrado por diversos profissionais de várias áreas da saúde, entre vigilância, atenção primária, controle vetorial, para discutir os cenários possíveis e analisar o que está ocorrendo em nível local. “As ações do comitê são pautadas nos Planos Municipais de Contingência, que dá um diagnóstico da situação do município, se os casos estão aumentando ou diminuindo, os tipos de vírus que estão circulando”, explica a coordenadora.

Cenário atual
O ano de 2022 não apresentou as características de um ano epidêmico das arboviroses em Minas Gerais. Segundo Danielle Capistrano, o que constata uma epidemia é o número de casos mais elevado em municípios de maior porte. “A situação desse ano demonstrou que houve uma concentração de casos em municípios menores. É o que chamamos de número aglomerado de casos de arboviroses, geralmente a dengue, mas também chikungunya, o que gera uma importância em termos de vigilância e acompanhamento. Tivemos situações em que foi necessário acompanhamento com a Força Estadual, ações de bloqueio e de mobilização social. Por outro lado, outros municípios viveram uma situação mais tranquila, o que não quer dizer que o próximo ano terá o mesmo padrão”, analisa.

Combate ao vetor
O Aedes deposita seus ovos nas paredes de recipientes. Quando eles se enchem de água, os ovos eclodem e geram as larvas, que se transformam em pupas e depois mosquitos. A população precisa, então, verificar o seu domicílio, eliminando os possíveis focos e interrompendo a transmissão dessas doenças.

Alguns locais merecem atenção redobrada, pois são denominados macrocriadores, uma vez que constituem grandes reservatórios que podem ser fonte de procriação em larga escala do Aedes. Por exemplo, piscinas não tratadas, geralmente sem utilização; caixas d’água destampadas; reservatórios no nível do solo, em que as pessoas acumulam águas das chuvas para molhar plantas, lavar quintal. Locais que têm dificuldade de acesso à água encanada também requerem atenção, uma vez que as pessoas costumam reservar água para consumo. “Esses pontos precisam ser cobertos, de preferência com telas em espessura que impeça o contato do mosquito com a água”, afirma a coordenadora.

Também é importante atenção em relação ao lixo domiciliar. “O ideal é que ele seja bem embalado e colocado na rua para coleta somente nos dias programados, preferencialmente no horário em que é feito o recolhimento, para que esse saco não rasgue, deixando resíduos que possam acumular água. As calhas devem estar limpas, garrafas viradas para baixo, entre outros cuidados”, reforça Capistrano. Com informações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais

Portal GRNEWS © Todos os direitos reservados.

PUBLICIDADE
[wp_bannerize_pro id="valenoticias"]
Don`t copy text!