Muitos paraminenses menosprezam risco do Covid-19, saem às ruas e lotam supermercados

O prefeito Elias Diniz (PSD) assinou decreto no fim da tarde de sexta-feira, 20 de março, determinando o fechamento da maioria dos estabelecimentos comerciais de Pará de Minas, a partir deste sábado (21).  Alguns como farmácias e supermercados podem funcionar.

Mas parece que a população paraminense não entendeu a gravidade da situação e confundiu que isolamento social para conter o novo coronavírus (Covid-19) com dia de lazer, passeio pelas praças, Parque do Bariri e principalmente para formar filas imensas nos supermercados, gerando grande aglomeração de pessoas e fazendo aumentar o risco de propagação do Covid-19.

Nas redes sociais durante todo o dia muita gente protestou contra aqueles que insistiram em sair ás ruas, mesmo com a recomendação para que ficassem em casa em isolamento social. Parece que estes não entenderam que o Covid-19 mata. Somente neste sábado (21) o novo coronavírus matou 793 pessoas na Itália. No Brasil até o fim da tarde deste sábado foram confirmados 1.028 casos, em 25 estados e no Distrito Federal. Também foram registradas 18 mortes, sendo três no Rio de Janeiro e 15 em São Paulo.

A redação do Portal GRNEWS também recebeu reclamações de leitores insatisfeitos com os paraminenses que estão se expondo e colocando em risco a vida dos outros. Teve quem disse que pela manhã famílias inteiras ocupavam a praça Torquato de Almeida, passeando tranquilamente. O número de idosos nas ruas de Pará de Minas também chamou a atenção, especialmente na região central da cidade, mesmo com o comércio fechado e essa parcela da população fazer parte do grupo de risco.

Nas redes sociais os comentários foram pesados, como: “o povo de Pará de Minas é burro, devia ficar quieto em caso”; “isolamento social não é férias e muitas pessoas não sabem disso”; “a população de Pará de Minas não tem consciência”; “as pessoas precisam se cuidar porque a rede Saúde do Município não suporta acolher muitas pessoas ao mesmo tempo em caso de surto do novo coronavírus”.

Mas maior parte das queixas foi direcionada as pessoas que lotaram os supermercados. As pessoas mais preocupadas com o Covid-19 criticam ainda os responsáveis por estes estabelecimentos comerciais que permitiram aglomeração, superlotação e ainda não ofereceram Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para seus funcionários que estavam expostos a todo tipo de pessoas, principalmente os operadores de caixa. A bronca foi grande.

Essas questões preocupantes também foram notadas pelo secretário municipal de Saúde Wagner Magesty. Ele esteve nos supermercados, contatou o descumprimento do decreto com a grande aglomeração de pessoas e disse que os estabelecimentos precisam cumprir as normas legais ou poderão ser fechados:

Ascom Prefeitura de Pará de Minas/Reprodução

Wagner Magesty
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Após a publicação do decreto municipal ontem (20) pelo prefeito Elias Diniz, o governador do Estado de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) anunciou novas medidas por meio de decreto estadual que também trata, entre outras questões, do funcionamento comércio. Nele consta que oficinas mecânicas podem funcionar, até porque caminhões que abastecem a população, viaturas, ambulâncias, táxi e veículos utilizados em transporte por aplicativo, por exemplo, podem precisar de manutenção. Zema também autoriza a abertura de lojas de venda de alimentação para animais. Mas o decreto editado em Pará de Minas proíbe o funcionamento desses estabelecimentos, o que gerou confusão na manhã deste sábado. Apesar de o decreto estadual sobrepor ao municipal, o secretário municipal de Saúde reafirmou na tarde deste sábado que as oficinas mecânicas e lojas que comercialização rações para animais não podem funcionar em Pará de Minas:

Wagner Magesty
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Também aproveita para informar a população sobre o funcionamento dos equipamentos de Saúde, como a Farmacinha, a Policlínica Nossa Senhora da Piedade e o Centro de Especialidades Odontológicas (CEO):

Wagner Magesty
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O secretário municipal de Saúde Wagner Magesty disse ainda que a partir da próxima semana será implantada uma central telefônica para atender e orientar os paraminenses com dúvidas sobre o Covid19. O número será divulgado posteriormente.

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