Defesa vegetal: como o vazio sanitário do feijão protege lavouras e a economia de Minas

Minas Gerais, o segundo maior produtor de feijão do Brasil, com mais de 476 mil toneladas colhidas até setembro de 2025, está reforçando medidas sanitárias para proteger essa importante cultura. Para garantir a sustentabilidade e a produtividade das lavouras, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) tem intensificado ações de defesa vegetal, como o vazio sanitário e o cadastro obrigatório de produtores.

Intervalo sem plantio combate a mosca-branca
O vazio sanitário do feijão é um período crucial determinado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que deve ser observado entre 20 de setembro e 20 de outubro. O objetivo principal é controlar a mosca-branca, um inseto vetor do vírus do mosaico dourado, uma das doenças mais danosas para a cultura.

Essa praga é responsável por alterar o desenvolvimento das plantas, comprometendo tanto a produtividade quanto a qualidade dos grãos e impactando diretamente a economia do estado.

Leonardo do Carmo, gerente de Defesa Sanitária Vegetal do IMA, explica que o intervalo sem cultivo é fundamental para quebrar o ciclo da mosca-branca. “Esse intervalo sem o cultivo impede que a mosca-branca se alimente e se reproduza, quebrando seu ciclo e reduzindo a presença da praga nas lavouras. Cumprir o vazio sanitário no prazo é essencial para garantir a sustentabilidade e a competitividade da cultura nos mercados”, afirma.

A medida é obrigatória nos municípios de Buritis, Cabeceira Grande, Formoso, Guarda-Mor, Paracatu e Unaí, que estão entre os maiores produtores do estado. Durante o vazio sanitário, os produtores devem eliminar todos os restos culturais e não podem manter plantas vivas de feijão nas propriedades. O descumprimento pode resultar em multas e interdição da propriedade.

Cadastro de produtores agiliza ações de prevenção
Outro componente estratégico na defesa da lavoura é o cadastro de produtores e propriedades rurais, regulamentado pela Portaria nº 2.324/2024. Este registro é obrigatório para todas as pessoas, físicas ou jurídicas, que desenvolvam atividades agrícolas, incluindo a cultura do feijão.

O cadastro permite ao IMA mapear as áreas de produção para agir de forma rápida e precisa na prevenção e contenção de doenças. Segundo Leonardo do Carmo, essa agilidade não só minimiza os impactos no setor produtivo, como também fortalece a confiança dos mercados no feijão mineiro.

O processo de cadastramento é feito mediante o preenchimento de um requerimento e a entrega da documentação exigida, que pode ser enviada por e-mail ou entregue presencialmente nos Escritórios Seccionais do IMA. Com informações da Agência Minas

PUBLICIDADE
[wp_bannerize_pro id="valenoticias"]
Don`t copy text!