Comércio continua fechado em Pará de Minas e presidente da CDL desabafa: “as pessoas vão morrer de fome”

No encontro dos membros do Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde do COVID-19 na tarde de terça-feira (15), a possível reabertura do comércio não estava em pauta. Porém com a presença dos presidentes da Associação Empresarial de Pará de Minas (Ascipam) e da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), o assunto foi mais uma vez discutido.

Recentemente, os dois presidentes foram até a casa do prefeito Elias Diniz (PSD) e entregaram a ele um ofício assinado por dezenas de empresários paraminenses solicitando a reabertura. Eles garantiram que tomariam todas as precauções para evitar a contaminação do novo coronavírus. O prefeito não respondeu às solicitações e prometeu que em alguns dias daria a resposta.

O assunto foi discutido durante a reunião e os ânimos ficaram bastante exaltados. Alguns participantes questionaram o funcionamento normal de supermercados, açougues e farmácias, e a suspensão das atividades no comércio lojista.

Segundo o prefeito, o Município segue as recomendações do governo estadual e garantiu estar preocupado com a contaminação rápida caso o comércio seja reaberto em sua totalidade:

Elias Diniz
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Elias Diniz deixou claro que as decisões são do Comitê, onde os representantes dão opiniões e definem as melhores medidas de enfrentamento ao COVID-19. Disse ainda que como Pará de Minas é referência para municípios da região, a cidade precisa investir ainda mais no sistema de saúde, como o sistema de telemedicina que será implantado em breve no município:

Elias Diniz
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Com os investimentos sendo realizados pelo Município, Pará de Minas contará com três leitos a cada 10 mil habitantes, número considerado ideal para especialistas.

O presidente da CDL Nilton Ferreira de Oliveira representou muitos comerciantes paraminenses que estão preocupados com a situação econômica. Garantiu que muitas lojas vão fechar em Pará de Minas porque estão proibidas de abrir as portas. Ressaltou ainda que os empréstimos disponibilizados para empresários só atendem os grandes e micro e pequenos empreendedores não tem acesso a esse dinheiro:

Nilton Ferreira de Oliveira
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Divulgação/ASCOM Prefeitura de Pará de Minas/MG

Ele é a favor da reabertura do comércio para que os empresários não fechem as portas e as pessoas “não morram de fome”:

Nilton Ferreira de Oliveira
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Segundo estimativas, 68% das compras feitas em Pará de Minas são por meio de notinhas, onde o cliente compra e paga as prestações na própria loja. Muitas delas estão abertas em meia porta, apenas para receber estas parcelas, o que tem aliviado o bolso de muitos comerciantes que ainda conseguem manter as contas em dia.

Para Nilton Ferreira, este modo de trabalho é menos perigoso que as pessoas que estão aglomeradas nas filas de bancos e casas lotéricas:

Nilton Ferreira de Oliveira
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Criticou ainda a forma como o poder público tem gerido a atual situação. Ele pede, mais uma vez, a reabertura do comércio em formato de experiência:

Nilton Ferreira de Oliveira
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O governador Romeu Zema (Novo) decretou estado de Calamidade Pública em Minas Gerais no último dia 20 de março. Desde então o comércio está proibido de funcionamento no estado. Só podem abrir serviços considerados essenciais como supermercados, açougues, padarias e farmácias.

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