Elias Diniz cobra da Vale a construção de nova adutora para abastecer Pará de Minas, durante pronunciamento em Brasília
O plenário da Câmara dos Deputados se transformou nesta quarta-feira, 13 de fevereiro, em comissão geral extraordinária para debater as consequências da tragédia provocada pelo rompimento da barragem da mineradora vale na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na qual morreram 165 pessoas e 155 estão desaparecidas.
O objetivo é discutir as circunstâncias e as responsabilidades, paralelamente ao trabalho realizado pela comissão externa da Casa que formalizou os compromissos da “Carta de Brumadinho”.
No documento foram definidas prioridades e esforços para impedir acidentes semelhantes ao ocorrido em 25 de janeiro e as primeiras audiências públicas. Além de deputados, vários prefeitos, pessoas atingidas por barragens, entre outros puderam se manifestar.
O prefeito de Pará de Minas Elias Diniz (PSD) também participou das discussões na Câmara dos Deputados em Brasília. Em seu pronunciamento, ele citou o empenho dos deputados mineiros em busca de soluções para uma tragédia que ele classifica como sem precedentes em nossa história.
Também destacou que Pará de Minas atualmente necessita de 100% de captação de água do Rio Paraopeba para abastecer a população. Disse que o manancial abastecia diariamente o município com 17 milhões de litros de água e citou que os mananciais urbanos só conseguem garantir o abastecimento até abril, o que também causará prejuízos ao agronegócio:
Elias Diniz
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Ele cobrou responsabilidade da mineradora Vale para garantir o abastecimento de água do município, sob risco de a economia entrar em colapso. Defendeu a construção de nova adutora para captar água no Rio Pará, que considera a única alternativa viável, para abastecer a cidade:
Elias Diniz
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O prefeito pediu o apoio dos deputados e do governador de Minas Gerais Romeu Zema (Novo) para viabilizar a construção da nova adutora em caráter de urgência para evitar novo racionamento de água. Aproveitou para cobrar do governo de MG os recursos de repasses obrigatórios do município que foram retidos pelo Estado e somam mais de R$ 34 milhões:
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Exaltado, Elias Diniz disse que tudo que acontece em uma cidade é culpa do prefeito. Por isso, promete agir para construir a nova adutora, mesmo que a Vale não o faça. Mas salienta que da mesma forma que os prefeitos são obrigados a cumprir normas, a mineradora também deveria cumprir sua obrigação viabilizando a nova adutora para Pará de Minas:
Elias Diniz
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Elias Diniz também demonstrou preocupação com o trabalho dos agentes de saúde que atuam no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue e de outras doenças. O alerta sobre a possível volta do racionamento de água fez com que a população retomasse o hábito de armazenar água nos quintais de casa. Esse processo favorece o surgimento de novos focos do mosquito e faz aumentar o risco de epidemia de Dengue na cidade, que registrou 2,4% no último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) realizado em janeiro de 2019. O recomendado pelo Ministério da Saúde para afastar risco de epidemia é manter esse índice abaixo de 1%.
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