Secretaria precisa rever pactuação com HNSC e parar de enviar recursos para município que não atende paraminenses
A saúde pública continua levantando debates polêmicos em Pará de Minas. Esta semana o secretário municipal de Saúde, Paulo Duarte, disse ao Portal GRNEWS que teve início no sábado, 9 de setembro, a realização de cirurgias eletivas de Catarata no hospital de Mateus Leme que está realizando o procedimento nos pacientes paraminenses.
Curta a página do Portal GRNEWS no Facebook Siga o Portal GRNEWS no twitter
Informou ainda que estava negociando alguns procedimentos cirúrgicos eletivos junto ao Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC) e outras demandas junto a Instituição de Cooperação Intermunicipal do Médio Paraopeba (ICISMEP).
Na tarde desta terça-feira, dia 12 de setembro, o diretor Técnico-Médico do HNSC, Gilberto Denoziro Valadares da Silva, falou da situação da instituição de saúde e esclareceu diversos fatos divulgados recentemente.
O médico começou dizendo que desde o ano de 2012 o único hospital de Pará de Minas vem acumulando um prejuízo mensal. A situação se agravou no ano de 2014 devido a contratualização que reduziu o volume de recursos recebidos pela entidade:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto1
Assegurou que a instituição de saúde vem mantendo em dia os pagamentos com fornecedores e funcionários. Porém, os médicos que trabalham no HNSC não recebem há mais de três meses e existe a dificuldade de fechar os plantões:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto2
Explicou que o município é classificado como um polo microrregional que gerencia os recursos de acordo com o pacto feito com os municípios da região. Por isso está sendo discutido na Justiça a revisão dos valores repassados para o HNSC conforme contrato firmado:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto3
Mesmo com a redução do número de leitos a entidade continua recebendo os mesmos valores financeiros da Secretaria Municipal de Saúde. A falta de revisão tem gerado um déficit mensal nos atendimentos feitos:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto4
O diretor lembra que alguns vereadores questionaram o fato de alguns leitos estarem vazios no hospital de Pará de Minas. Segundo ele, a assistência ao paciente necessita de um médico e não basta depositar a pessoa no HNSC:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto5
Para ele a Secretaria Municipal de Saúde precisa rever a pactuação com os municípios vizinhos. Citou como exemplo a cidade de Nova Serrana, que envia apenas R$ 17 mil por ano para atender as urgências ortopédicas em Pará de Minas. Outro caso é referente ao envio de uma verba de R$ 22 mil para o município de São Sebastião do Paraíso que não presta nenhum serviço aos paraminenses:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto6
Sobre as subvenções que a Prefeitura de Pará de Minas encaminha mensalmente para o hospital, afirmou que há dois meses o repasse está atrasado. Segundo ele, o prefeito Elias Diniz (PSD) disse durante a audiência de conciliação na Justiça que não repassará nenhum valor ao HNSC enquanto a ação estiver tramitando:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto7
Quanto à fila das cirurgias eletivas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o ex-secretário municipal de Saúde explicou que o cadastramento dos procedimentos deve ser feito pelo município e não pelo HNSC:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto8
O diretor Técnico-Médico informa que nesta quarta-feira, 13 de setembro, será realizada uma reunião com o secretário municipal de Saúde, Paulo Duarte, para a realização de 100 cirurgias eletivas com recursos do programa Pró-Hosp:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto9
Gilberto Denoziro Valadares da Silva também fez uma avaliação da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e do Serviço Móvel de Urgência (SAMU). Afirmou que a UPA não mudou em nada o que já era feito no Pronto Atendimento e fez uma análise positiva do atendimento do SAMU, com a ressalva de algumas adequações:
Gilberto Denoziro Valadares da Silva
hnscgilberto10
A perícia solicitada na Justiça para avaliar as reais necessidades financeiras do HNSC ainda não foi marcada pela juíza Herilene de Oliveira Andrade, que está à frente do processo movido pela entidade cobrando recursos do município.
Portal GRNEWS © Todos os direitos reservados.