Jovens de todo o país se reúnem em Brasília para discutir políticas públicas
Milhares de jovens de diferentes partes do Brasil estão em Brasília para a Semana Nacional da Juventude, evento organizado pela Secretaria Nacional de Juventude. A celebração marca os 20 anos da Política Nacional de Juventude e também o Dia do Estudante, comemorado ontem, 11 de agosto. No país, de acordo com o Censo de 2022 do IBGE, a população jovem (entre 15 e 29 anos) é de cerca de 48,5 milhões de pessoas.
Por um Plano Nacional das Juventudes
O secretário Nacional de Juventude, Ronald Sorriso, defendeu a criação de um Plano Nacional das Juventudes, que ajudaria a unificar e orientar as políticas públicas voltadas para este público. Ele ressaltou que esse plano deve considerar a realidade de jovens do campo e da cidade, negros, indígenas, LGBTQIA+, mulheres jovens e jovens empreendedores.
Na abertura do evento, os participantes debateram sobre a necessidade de interiorizar as políticas públicas existentes, cobrando do governo federal que as ações cheguem a todos os municípios, independentemente de seu porte, e também às áreas rurais. A secretária de Juventude do Partido dos Trabalhadores (PT), Nádia Garcia, pontuou que os jovens de hoje têm anseios que vão além do estudo e trabalho. “A juventude é, também, detentora de direitos que versam não somente sobre estudos e trabalho”, disse.
Reivindicações e voz ativa
Entre as principais pautas, os jovens presentes pediram a municipalização do programa Identidade Jovem (ID Jovem), que oferece diversos benefícios, como descontos em eventos culturais e esportivos e gratuidade em viagens interestaduais. A representante da juventude indígena, Darlly Tupinambá, reivindicou maior participação de jovens representantes dos biomas brasileiros nas tomadas de decisões da COP30, que acontecerá em Belém. “Não é justo que pessoas de fora falem por nós. Nós temos voz, temos vez e somos protagonistas da nossa história”, afirmou.
Ludmila Brasil, do Coletivo Nacional da Juventude Negra Enegrecer, defendeu a necessidade de mais visibilidade e políticas públicas que garantam dignidade à juventude negra. Já a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG) pediu o reajuste das bolsas de estudo, valorizando a pesquisa e a ciência como forma de promover o desenvolvimento e a soberania nacional. Com informações da Agência Brasil

