Mais de 400 presos trabalham na penitenciária de Pará de Minas; atividades ajudam ressocializar e dá dignidade

A Penitenciária Dr. Pio Canedo, localizada na Estrada dos Costas, bairro João Paulo II, foi inaugurada em Pará de Minas em 2003. Desde então é responsável por fazer com que centenas de homens e mulheres cumpram a pena imposta pela Justiça.


Mas há alguns anos a direção da penitenciária resolver abrir o local para que empresas se instalassem ali e oportunizando que detentos trabalhassem. Com isso a cada três dias de serviço, um é descontado da pena.


Já outro grupo que está no regime semiaberto trabalha fora da penitenciária. Empresas de Pará de Minas estão oferecendo oportunidade para estas pessoas mudarem de vida.


Atualmente 428 presos da Pio Canedo trabalham. Destes, 44 fora do presídio e 85 em empresas parceiras. Há ainda as oficinas de artesanato que acontecem nas celas e são 260 detentos nesta forma de trabalho. Apenas para a remissão da pena são 39 pessoas privadas de liberdade. Quanto às parcerias de trabalho, são 15 vagas preenchidas em quatro empresas ativas.


Há empresas dentro da penitenciária, como uma fábrica onde eles separam as palhas para produção do cigarro, e também uma que fornece alimentação tanto para os detentos como para os agentes. Mulheres que estão presas trabalham no restaurante. Uma empresa de paletes também está instalada no local.


Mas os detentos também ajudam na manutenção da unidade. Trabalhos de bombeiro, pedreiro, eletricista, faxina, reciclagem e a horta são realizados por eles. Nesta última, tudo que é produzido é fornecido gratuitamente a instituições de caridade de Pará de Minas, como o Restaurante da Criança do bairro Padre Libério.


Todos que trabalham fora são do regime semiaberto. Já os empregados dentro da penitenciária são tanto do semiaberto como do regime fechado.


O detento que trabalha tem dias descontados da pena. Alguns recebem salário, depende da condição em que ele está, como explica o diretor-geral Marcelo de Carvalho Barbosa:


Marcelo de Carvalho Barbosa
marcelocarvalhopenitenciaria1

Mas não é qualquer detento que pode trabalhar ou ir para o regime semiaberto. Isso depende de estudo e vários exames para confirmar que ele pode ter um serviço e entrar para o programa que também ajuda na ressocialização:

Marcelo de Carvalho Barbosa
marcelocarvalhopenitenciaria2


A reportagem do Portal GRNEWS este na Penitenciária Dr. Pio Canedo conversou com alguns detentos que aceitaram dar entrevista e tirar fotos. Eduardo Meireles Costa é um deles. Há seis anos ele foi preso e há três trabalha na manutenção da penitenciária.


Por lá ele faz de tudo um pouco e já conseguiu diminuir a pena em um ano e oito meses. O importante pra ele é não pensar no passado e agradece pela chance que teve:


Eduardo Meireles Costa
eduardomeirelespenitenciaria1

Felipe Fernando Faria está preso há oito anos e há sete trabalha na penitenciária. Ele é responsável por todas as peças de crochê desenvolvidas no local, inclusive ajudou a organizar o desfile Miss Penitenciária realizado há alguns meses.


Para o detento, que já remiu a pena em dois anos e quatro meses, uma oportunidade de trabalhar e tentar mudar de vida:


Felipe Fernando Faria
felipefernandopenitenciaria


Uma das detentas que trabalha no presídio é a Patrícia Amaral Correia que está lá há três anos. Antes ela auxiliava na fábrica de cigarros e há alguns meses foi para a cozinha, o que ela achou melhor.


Além da remissão de pena, ela recebe salário mensal e vê no trabalho uma chance de renovação:


Patrícia Amaral Correia
patriciaamaralpenitenciaria


Rosenilto Santos de Oliveira está preso há dez anos e há cinco trabalha, numa forma de ter uma vida mais digna:


Rosenilto Santos de Oliveira
roseniltosantospenitenciaria


Um dos empresários parceiros da penitenciária é José Eduardo de Lima e Silva. Na empresa dele são 50 detentos trabalhando de segunda a sexta-feira. Ele vê neste trabalho uma oportunidade de ressocialização e recentemente abriu um galpão na cadeia de Pitangui onde emprega 10 pessoas:


José Eduardo de Lima e Silva
joseeduardopenitenciaria


O diretor-geral Marcelo de Carvalho convida as empresas paraminenses para conhecer o trabalho desenvolvido na penitenciária. Lá existe mão de obra qualificada e é uma forma do detento ter uma chance a mais de cumprir a pena com dignidade e sair do presídio uma pessoa melhor:


Marcelo de Carvalho Barbosa
marcelocarvalhopenitenciaria3


A empresa que quiser conhecer o trabalho desenvolvido na Penitenciária Dr. Pio Canedo, em Pará de Minas, pode agendar uma reunião pelo telefone (31) 2129-9798.

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