Janeiro Roxo combate à Hanseníase e médico afirma que doença pode ser curada com tratamento pelo SUS
Os meses vêm sendo caracterizados há algum tempo por cores específicas para simbolizar alguma campanha preventiva que esteja em curso para chamar a atenção dos cidadãos. É o caso do Outubro Rosa contra o câncer de mama e o Novembro Azul alertando para a necessidade de os homens realizarem o exame de próstata, para citar apenas dois exemplos.
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Este mês recebeu a denominação de Janeiro Roxo visando o combate a combate à Hanseníase, também conhecida popularmente como Lepra. Trata-se de uma doença crônica, infectocontagiosa e transmitida de uma pessoa doente, que não esteja em tratamento, para uma pessoa saudável suscetível.
A doença tem cura, mas pode causar incapacidades físicas se o diagnóstico for tardio ou se o tratamento não for feito adequadamente. A orientação é que as pessoas procurem o serviço de saúde assim que perceberem o aparecimento de manchas.
O médico especialista em Dermatologia Mário Lessa ressalta que a doença é uma das mais antigas que se tem notícia, inclusive sendo retratada em passagens bíblicas. Apesar disso ainda existem muitos casos no Brasil, inclusive em municípios como Pará de Minas e Nova Serrana:
Mário Lessa
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Ao notar manchas de qualquer cor pelo corpo, principalmente se ela apresentar diminuição de sensibilidade ao calor e ao toque, a pessoa precisa procurar uma unidade de saúde. É preciso observar os sintomas e após iniciado, o tratamento não pode ser interrompido pelo paciente:
Mário Lessa
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O dermatologista acrescenta que antigamente havia preconceito contra as pessoas com Hanseníase e muitas delas ficavam isoladas. Mas com o passar dos anos isso mudou. Hoje o tratamento está disponível através do Sistema Único de Saúde (SUS) sem nenhum custo para o paciente. Outro fator importante é que após iniciado o tratamento o paciente para de transmitir a doença quase imediatamente:
Mário Lessa
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Apesar de o tratamento estar disponível gratuitamente pelo SUS, infelizmente a Hanseníase continua fazendo vítimas no Brasil. No primeiro dia de 2018, quando teve início a campanha Janeiro Roxo, uma criança de 11 anos morreu em Mato Grosso em decorrência de complicações da doença.
O menino foi internado no dia 31 de dezembro de 2017 com infecção generalizada e morreu na madrugada do dia 1º de janeiro, no Hospital Regional de Sorriso, a 420 quilômetros de Cuiabá. Daniel Rodrigues Santiago era portador de hanseníase multibacilar e estava em tratamento há três meses.
A morte do garoto reforça a importância do combate e prevenção à Hanseníase. Este mês, diversas organizações da sociedade civil, ministério e secretarias de Saúde promovem a campanha Janeiro Roxo. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hansenologia, nos últimos 10 anos o número de casos caiu no país, mas a falta de tratamento dos casos existentes aumentou o número pessoas com incapacidade física.
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