Secretário diz que denúncia de vereador sobre negociação de cirurgias foi cretina e não é hora de tumulto
Esta foi à afirmação do secretário municipal de Cultura e Comunicação Institucional e interino da Saúde, Paulo Duarte, nesta terça-feira, 9 de maio, quando respondeu denúncia feita na reunião Ordinária da Câmara Municipal de Pará de Minas, realizada na noite de segunda (8).
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Durante pronunciamento na tribuna livre o vereador Ênio Talma Ferreira de Rezende (PSDB) apresentou uma gravação em que um suposto médico de Itaúna fala que a Secretaria Municipal de Saúde negocia a realização de cirurgias eletivas no Hospital Manoel Gonçalves de Souza.
O profissional de saúde, que não foi identificado na gravação, afirma que os procedimentos cirúrgicos devem ser feitos em Pará de Minas e revela que ficou sabendo do possível fechamento do Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC).
Diante de tantas polêmicas discussões e ameaças de fechamento do único de Pará de Minas, o vereador Márcio Lara (PTC) manifestou o interesse de apresentar um requerimento solicitando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os gastos do HNSC.
De acordo com Paulo Duarte, o áudio é estranho porque não foi identificada a pessoa que se manifestou. Ele explica que conversou com a direção do Hospital de Itaúna e classifica esse tipo de denúncia como cretina e que só serve para causar tumulto:
Paulo Duarte
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Ele confirmou a visita ao Hospital Manoel Gonçalves de Souza para verificar de perto o trabalho que vem sendo realizado naquela unidade de saúde. Ressalta que está buscando alternativas para melhorar a gestão da saúde:
Paulo Duarte
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Sobre as cirurgias eletivas, o secretário revela que levou dois pacientes, uma jovem estava com um problema grave e necessitava de uma cirurgia ortopédica, a qual foi realizada. O outro envolve um rapaz com um problema no braço, que foi atendido em Belo Horizonte:
Paulo Duarte
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O gestor deixa claro que não vê alternativa para sanar alguns problemas, a não ser por meio de parcerias. Porém, deixa claro que o objetivo é firmar o convênio com o HNSC para que os tratamentos sejam feitos em Pará de Minas:
Paulo Duarte
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O secretário disse que se o HNSC fechar as portas no próximo dia 15 de maio, as cirurgias emergenciais precisam ser feitas de qualquer forma. Nessa situação será preciso realizar os procedimentos em outros lugares:
Paulo Duarte
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Ele também confirmou a reunião com participante de representante do Ministério Público de Minas Gerais na Comarca de Pará de Minas realizada na segunda-feira (8), em busca de solução, ainda não encontrada, para o HNSC. Acrescenta que a prefeitura também enfrenta sérios problemas financeiros e por isso vem sendo feito um trabalho para cortar gastos visando priorizar a saúde:
Paulo Duarte
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Para finalizar, o secretário reitera que a atual crise financeira do HNSC não foi criada pela atual gestão. Por isso é importante trabalhar para encontrar as soluções e evitar qualquer tumulto com declarações polêmicas:
Paulo Duarte
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Entre as medidas tomadas pelo prefeito Elias Diniz (PSD), está à cobrança de R$ 7 milhões que não foram repassados pelo governo de Minas Gerais ao HNSC. O gestor cobrou a liberação dos recursos que estão com a Secretaria de Estado da Saúde.
Também foi liberada recentemente uma verba de R$ 260 mil da Rede de Resposta do governo estadual e mais R$ 200 mil de subvenção do município.
Por outro lado, o provedor Osvaldo Alves Leite disse que seriam necessários R$ 400 mil mensais para manter os atendimentos normalizados no hospital de Pará de Minas.
Já o administrador do HNSC Renato Vasconcelos estima que o repasse mensal deveria ser de R$ 500 mil mensais para que os serviços sejam mantidos.
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