Deputado Eduardo Barbosa participa de evento sobre os 30 anos da Queda do Muro de Berlim
O deputado federal Eduardo Barbosa participou na quarta-feira, 6 de novembro, da Mesa Redonda para celebrar os 30 anos da queda do Muro de Berlim, realizada pela Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados (CREDN).
Eduardo Barbosa chamou a atenção para a importância da queda do Muro de Berlim e a construção da União Europeia. “Em 1989 se extinguia a ordem bipolar na Europa, diluindo-se até desaparecer a implacável lógica de dominação e dependência imposta pelas superpotências após 1945. A livre circulação na Europa e as modernas infraestruturas de comunicação facilitaram estes movimentos”, ressaltou.
O deputado também acredita que o pacto por uma Europa coesa é irreversível. “O continente permanecerá unido. Para a maioria, a integração regional deu certo e continuará dando”, concluiu.
Liberdade e democracia
“Em 1989, o desejo pela liberdade venceu. O Muro de Berlim foi derrubado sem tanques, sem tiros, sem mortes. Foi o triunfo da democracia e dos movimentos de paz. É nosso dever lutar contra os extremos, da direita ou da esquerda, e lutar pela paz em todo o mundo”, pregou o Embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel.
Na sua avaliação, a queda do Muro tem raízes profundas que precisam ser compreendidas para entendermos a história. “Até o último minuto havia dúvidas de que haveria repressão, basta ver o que se passou na Praça da Paz Celestial, na China, com quatro mil mortos. A URSS também se dissolveu em 15 Repúblicas, de forma pacífica. Não foram apenas regimes comunistas que caíram. No mundo todo houve movimentos por mais liberdade. O fim da cortina de ferro foi o início de uma nova fase da globalização”, afirmou.
Especialista em Relações Internacionais, o professor Paulo Velasco chamou a atenção para o fato de que nenhum teórico de peso conseguiu prever a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria, cuja lógica residia justamente no equilíbrio entre as potências. “O mundo viveu sobressaltado pela ameaça de uma guerra termonuclear, de uma terceira guerra mundial. A Segurança Internacional sequestrou a agenda internacional. Já os anos 90 foram conhecidos como a década das conferências onde a ONU buscou resgatar o seu protagonismo. Tivemos, nesta época, a ascensão do multilateralismo”, assinalou.
No entanto, Velasco afirma que a percepção otimista de mundo não se confirmou. “Caminhamos no sentido contrário, há retrocessos. Estamos num processo de desglobalização onde o que importa são as fronteiras que dividem, que excluem”, apontou.
Para o professor e historiador Carlos Domínguez, “destaca-se a sua natureza de transformação pacífica das estruturas políticas, sociais, econômicas e culturais e a revalorização da qualidade da democracia existente na atualidade na Alemanha”. Ele também entende que “ainda existem muitos muros no mundo”.
Os membros da Mesa Redonda coincidiram que resgatar os princípios que estiveram por trás da queda do Muro é fundamental e coincidiram que o melhor caminho para uma política externa é o equilíbrio e o bom senso. Com informações do Instituto de Relações Internacionais e Defesa (InfoRel)
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