Cowgirl paraminense e seu cavalo Fire Blue brilham em competições de três tambores
Charme e elegância nas arenas de rodeio. Quem vê as meninas, de várias idades e portes físicos, nas provas de três tambores, nem imagina como é o dia a dia. Se nas competições elas estão elegantes, com roupas brilhantes, maquiadas e até os animais ganham adereços que muitas vezes combinam com a roupa das competidoras, a semana é de treino, dedicação e até puxões de orelha dos treinadores.
A primeira prova feminina de tambor aconteceu em 1948 e desde então caiu no gosto das mulheres e claro do público que ama assistir à mistura de velocidade e elegância.
Na prova a amazona precisa contornar três tambores posicionados em um formato triangular no menor tempo possível. Vencem o atleta e animal que fizerem o menor tempo. Se um tambor é derrubado, por exemplo, acrescenta-se cinco segundos no tempo final. Essa contagem é feito por um dispositivo eletrônico e começa quando o focinho do cavalo cruza a linha de partida. A atleta e o animal devem estar em sintonia pra que tudo dê certo no final.
Em Pará de Minas, durante os rodeios que eram realizados há alguns anos, antes das competições em touros e cavalos, aconteciam provas de três tambores. Mas ultimamente quem gosta de assistir este tipo de campeonato precisa andar alguns quilômetros.
A jovem estudante e cowgirl paraminense Giovanna Vilani, apaixonada pelo mundo agropecuário, viaja quase todo fim de semana, mas não é pra assistir às provas e sim competir. Pará de Minas tem uma representante nos principais campeonatos. Há cerca de dois anos ela começou os treinamentos, no início como hobby, hoje na categoria profissional:
Giovanna Vilani
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No fim de semana, nos dias 31 de maio e 1º de junho, Giovanna e o cavalo Fire Blue viveram um momento que vai marcar pra sempre a história deles. Competiram na Divinaexpô, um dos maiores e mais completos rodeios do Brasil, que em 2020 completará 50 anos. As competições foram nas categorias feminino, mirim e jovem, da Associação Nacional dos Três Tambores (ANTT).
Além da empolgação em estar ao lado de conhecidas competidoras nacionais ela viu na prova um incentivo para continuar. Não se classificou para a final de domingo, mas sabe que foi destaque na sua categoria:
Giovanna Vilani
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Para se destacar nas competições é preciso muita dedicação e claro, muito treino. Aliar essa rotina com os estudos complica ainda mais a situação. O dia a dia de Giovanna é corrido, no ritmo das provas que disputa:
Giovanna Vilani
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Há seis meses competindo profissionalmente, Giovanna Vilani vem acumulando títulos. Foi campeã em Perdigão e vice-campeã em Curvelo este ano. Foi finalista ainda no rodeio de Nova Serrana e ficou em terceiro lugar na competição em Papagaios.
Para que a estudante pudesse se tornar uma competidora profissional a família contratou um treinador que há quase 30 anos trabalha com cavalos. Luiz Pereira também fez um curso na área para se especializar e conseguir extrair o melhor da atleta e do cavalo:
Luiz Pereira
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O treinador conta que a família tem papel fundamental no sucesso da atleta. O apoio e carinho são essenciais:
Luiz Pereira
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E é a família quem olha Giovanna com outros olhos. Ao mesmo tempo em que se orgulha da dedicação da filha, também exige comprometimento, pois não é fácil conciliar estudo, treinos e competições a cada fim de semana. O pai Márcio Batista é só orgulho e vibra a cada conquista da filha:
Márcio Batista
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Nesse fim de semana, Giovanna Vilani e Fire Blue participarão da 2ª etapa da Copa Mineira de Três Tambores. Ela está em segundo lugar na competição.
A atleta participa ainda das provas do Circuito de Rodeio Mauro Silva e Ricardo Elídio e das oficiais da Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Quarto de Milha.
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