Equipe do IMA examinará sangue, urina e leite de animais que ingeriram água do rio Paraopeba

Desde o rompimento da barragem B1, de responsabilidade da mineradora Vale, em Brumadinho, os mineiros de muitos municípios estão em alerta. Tanto em relação à possibilidade de rompimento de novas barragens até os prejuízos que já são incalculáveis.

Além do município onde estava instalada a barragem, outras cidades mineiras sofrem diretamente com este rompimento.

Caso de Pará de Minas que após decretar estado de emergência por causa da contaminação do rio Paraopeba, conseguiu junto à Vale um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para garantir água no município. É que desde agosto de 2016 funciona a adutora de 28 quilômetros de extensão que liga o Paraopeba, no distrito de Córrego do Barro, à Estação de Tratamento de Água (ETA), localizada no bairro Nossa Senhora das Graças.

A população ribeirinha é visitada por diversos órgãos municipais, estaduais e federais, para serem conscientizadas da importância de não utilizar água do Paraopeba. Segundo o governo de Minas Gerais é proibida a utilização da água bruta do rio, sem tratamento, para qualquer finalidade: humana, animal e atividades agrícolas.

Desde fevereiro os fiscais do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) vão às propriedades analisar a situação de cada produtor rural e os profissionais tentam buscar alternativas para solucionar os problemas destes proprietários que já não sabem o que fazer para cuidar dos animais e das plantações.

Nos próximos dias o trabalho será de coleta de sangue, urina e leite em animais jovens e adultos e também da água armazenada nas propriedades.

Os técnicos farão uma análise para detectar se os animais estão saudáveis ou se foram infectados com os metais pesados presentes na água do rio após os rejeitos de lama atingirem quilômetros do Paraopeba, como explica a médica veterinária e fiscal agropecuário do IMA, Nayara Paula de Almeida:

Nayara Paula de Almeida
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As visitas serão feitas em 17 propriedades, sendo nove em Florestal, quatro em São José da Varginha, duas em Pequi e outras duas em Maravilhas. Após o levantamento, se for constatada alterações no animal, o IMA fará as orientações necessárias. Nayara Paula pede ainda a colaboração dos produtores rurais:

Nayara Paula de Almeida
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A fiscal agropecuário Nayara Paula de Almeida lembrou que os proprietários não foram previamente avisados da visita. Por isso ela espera que eles recebam os técnicos que farão apenas um levantamento de dados, importantes para manter a sanidade animal e consequentemente, humana.

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