Tratamento da Leishmaniose Visceral Canina é caro, sem regulamentação e donos resistem em sacrificar o animal
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença provocada pelo protozoário Leishmania donovani chagasi. Quando acomete os cães, ela pode ser classificada em cutânea (pele) e visceral (órgãos abdominais).
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A infecção é transmitida por meio da picada do mosquito Lutzomyia longipalpis, conhecido no Brasil como Mosquito Palha. O inseto contaminado com o parasita prolifera a doença em cães e seres humanos.
Em cães ela se estende pelo corpo e para a maioria dos órgãos. Os principais sistemas de órgãos afetados são a pele, rins, baço, fígado, olhos e as articulações.
O diagnóstico é feito através de uma análise do quadro clínico apresentado pelo animal, juntamente com exames laboratoriais. Esse trabalho só pode ser realizado efetivamente por um médico veterinário.
A situação em Pará de Minas é preocupante em relação ao aparecimento de casos da doença. Tanto que em maio de 2017 o Centro de Controle de Zoonoses São Francisco de Assis (CCZ) confirmou que quase 20% das mortes de cães que chegavam ao local eram provocadas pela Leishmaniose Visceral Canina.
Na maioria dos casos os cães são sacrificados devido ao grande sofrimento causado pela doença. Além disso, a enfermidade pode ser transmitida para os seres humanos.
O biólogo da Vigilância Sanitária de Pará de Minas, Adelmo Lemos, alerta que o tratamento para a doença em cães não é regulamentado no Brasil e mesmo que fosse é caríssimo devido a tecnologia utilizada para o desenvolvimento do medicamento indicado:
Adelmo Lemos
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Acrescenta que mesmo ciente que seus cães testaram positivo para a doença, alguns donos resistem em sacrificar os animais. O biólogo argumenta que ao tomar esta decisão, a pessoa assume um risco muito grande por se tratar de uma doença que oferece riscos a saúde pública:
Adelmo Lemos
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Em alguns casos de dúvida o proprietário do animal pode pedir a contraprova do exame para confirmar que o cão está contaminado com a Leishmaniose Visceral Canina:
Adelmo Lemos
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A Leishmaniose é uma zoonose e os microrganismos que residem nas lesões dos cães podem infectar os seres humanos. Algumas medidas importantes é manter quintais sem a presença de matéria orgânica como folhas e esterco, pois o mosquito palha se desenvolve nesses ambientes.
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