Mesmo sem chuvas abastecimento de água em Pará de Minas está normal e Vale está cumprindo prazos do TAC

O município de Pará de Minas enfrentou nos anos de 2013, 2014 e alguns meses de 2015 uma grave crise hídrica. Em alguns bairros, mais de 20 dias sem água, mesmo fazendo rodízios e a Copasa, que era responsável pelo abastecimento na época, utilizando caminhões-pipa.

Em abril de 2015, o ex-prefeito Antônio Júlio de Faria (PMDB) finalizou o processo licitatório e o Grupo Águas do Brasil venceu a concorrência e a Copasa deixou o município.

A concessionária Águas de Pará de Minas, braço do grupo, assumiu o abastecimento de água e tratamento de esgoto no município. Em menos de seis meses investiu mais de R$ 40 milhões na construção de uma rede adutora de 28 quilômetros que começou a funcionar em outubro de 2015. Esta rede ligou o rio Paraopeba, na região do distrito de Córrego do Barro, à Estação de Tratamento de Água (ETA) no bairro Nossa Senhora das Graças em Pará de Minas.

Desde então os paraminenses não sofrem mais com a falta de água. Isso porque somente o córrego de Paivas e o ribeirão Paciência, aliados aos poços artesianos, não conseguem abastecer a cidade em períodos de estiagem.

Mas esta solução se tornou problema em 25 de janeiro de 2019. Após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale em Brumadinho, rejeitos de lama atingiram o rio Paraopeba e o Governo de Minas de Gerais proibiu o uso da bruta para qualquer fim.

A captação foi paralisada pela concessionária na noite de 29 de janeiro, dois dias antes de o governo de MG atestar que a água do Paraopeba oferecia riscos a saúde humana, animal e também não poderia se utilizada nas plantações por estar contaminada. Desde então os paraminenses contam apenas com os mananciais urbanos e poços.

Graças ao período chuvoso, até agora não foi necessário racionamento no município e para evitar a situação, a prefeitura, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Águas de Pará de Minas firmaram, no dia 18 de março, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Vale para que sejam feitas obras emergenciais que garantam o abastecimento.

A mineradora está construindo um reservatório para armazenar água de dos ribeirões Moreiras e Cova Danta para interligar a adutora da concessionária Águas de Pará de Minas no distrito de Córrego do Barro. A extensão total é de 850 metros e destes, 600 metros já foram construídos.

O TAC obriga a Vale a construir também nova adutora, desta vez no Rio Pará, com extensão de 47 quilômetros. O prazo final para entrega desta obra é no dia 15 de maio de 2020.

Mesmo com o TAC e as ações da concessionária visando a continuidade do abastecimento de água, a população de Pará de Minas está preocupada. É que o período chuvoso passou e as chuvas previstas são as chamadas pancadas que não conseguem encher os mananciais.

Mas a gerente de operações da Águas de Pará de Minas, Márcia Regina Freiberg, garante que mesmo sem chuvas as condições continuam boas. Todo o município incluindo os distritos, estão abastecidos. Salienta ainda que o acordo firmado com a Vale está sendo cumprido nos prazos estabelecidos:


Márcia Regina Freiberg
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Márcia Regiina Freiberg tranquiliza a população quanto à falta de água e caso haja algum problema, a concessionária avisará os consumidores com antecedência:

Márcia Regina Freiberg
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Mesmo com as condições favoráveis, como explicou a gerente de operações da concessionária, a população deve fazer sua parte evitando o desperdício de água. Caso tenha alguma dúvida ou problema, o telefone da Águas de Pará de Minas é o 0800 737 0422.

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