Produção industrial recua e reflete o impacto dos juros altos

A produção da indústria brasileira registrou uma queda de 0,2% em julho, marcando o quarto mês consecutivo sem crescimento. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o reflexo do cenário de juros altos no país, que tem limitado o ritmo da economia.

O freio da política monetária
Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, o desempenho negativo do setor desde abril está diretamente ligado à política monetária restritiva do Banco Central. A elevação da taxa Selic, que atualmente está em 15% ao ano, encarece o crédito e afeta o consumo e os investimentos. O objetivo do juro alto é combater a inflação, que em julho acumulou 5,23% em 12 meses, permanecendo acima da meta do governo.

Cenário setorial e perspectivas
Em julho, 13 das 25 atividades industriais analisadas pelo IBGE apresentaram queda. Os destaques negativos foram os setores de metalurgia, outros equipamentos de transporte e bebidas. Por outro lado, produtos farmoquímicos e farmacêuticos, alimentícios e indústrias extrativas registraram crescimento.

Macedo também mencionou o “tarifaço” americano como um fator de influência nas expectativas dos empresários, embora os juros altos sejam o principal motivo para a predominância de resultados negativos no setor.

Apesar da queda, a produção industrial ainda se mantém 1,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020), mas está 15,3% abaixo do patamar recorde de maio de 2011. Com informações da Agência Brasil

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