Médicos do hospital poderão atuar em escala mínima atendendo somente casos de urgência e emergência

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Conforme já divulgado com exclusividade pelo Portal GRNEWS, foi realizada na noite de terça-feira (02) uma reunião do corpo clínico do Hospital Nossa Senhora Conceição (HNSC), em Pará de Minas.

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Em pauta estava a falta de pagamentos dos médicos durante os últimos cinco meses. Os profissionais estão trabalhando sem receber os plantões, as cirurgias e os demais atendimentos aos pacientes.

Foi realizado um levantamento dos recursos oriundos do Sistema Único de Saúde (SUS), enviados mensalmente para a instituição. O governo federal envia R$ 670 mil mensais para compra de medicamentos, material de expediente, pagamento de salários de funcionários, entre outros.

O Governo de Minas Gerais envia recursos para o pagamento de plantões médicos, mas esses repasses também estão atrasados há dois meses. Trata-se da chamada rede resposta do Pronto Socorro, CTI, clínica médica e maternidade do HNSC.

O Pró-Hosp envia três parcelas anuais, sendo uma a cada semestre. A parcela vencida em abril de 2016 ainda não foi encaminhada pelo governo estadual. E as dificuldades não param por aí.

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O Protocolo de Manchester enviava R$ 6,50 por cada triagem e a partir de desse mês o valor não será mais liberado pelo estado. Isso significará um corte de R$ 16 mil por mês de receita para a instituição de saúde.

No caso do município, existe a previsão do repasse de uma subvenção mensal para o HNSC. O investimento não é obrigatório por lei e serve para ajudar nos custos dos serviços prestados pelo único hospital de Pará de Minas.

Segundo a entidade, a prefeitura só repassou subvenção em dois meses este ano. Diante da redução nos recursos a diretoria pediu a compreensão e a colaboração de todos os médicos que trabalham no HNSC.

De acordo com Evandro Ferreira Campos, diretor Técnico-Médico do HNSC, informou que será realizada uma reunião dos médicos com a diretoria da entidade para verificação do balanço financeiro. Segundo ele, o déficit atual é de R$ 300 mil mensais:

Evandro Ferreira Campos
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O médico afirma que não foi mencionada a palavra greve durante a reunião realizada. Segundo ele, a falta dos repasses do município (que não são obrigatórios) e do governo do estado (que são obrigatórios), estão inviabilizando até mesmo o pagamento dos plantões:

Evandro Ferreira Campos
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Caso não haja uma solução para a falta de pagamentos dos médicos, o atendimento no HNSC poderá ser realizado através de uma escala reduzida. Porém, o diretor clínico acredita que isso não deverá acontecer:

Evandro Ferreira Campos
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O profissional de saúde ressalta que não tem condições de convidar um colega para trabalhar em Pará de Minas devido à situação financeira adversa. Ele disse que a atuação situação acaba propiciando uma debandada:

Evandro Ferreira Campos
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A data da reunião dos médicos com a diretoria do Hospital Nossa Senhora da Conceição não foi divulgada. Os profissionais também pretendem procurar a Promotoria Pública da Comarca de Pará de Minas para discutir uma solução.

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