Projeto experimental dá resultado e pode aumentar cultivo de batata para a merenda escolar em Pará de Minas

Os agricultores familiares de Pará de Minas comercializam parte de suas produções com o poder público ofertando alimentos saudáveis para a merenda nas escolas.
A negociação é realizada conforme as diretrizes estabelecidas por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que oferece alimentação escolar e ações de educação alimentar e nutricional a estudantes de todas as etapas da educação básica pública.
Através desse programa, o governo federal repassa, a estados, municípios e escolas federais, valores financeiros de caráter suplementar efetuados em 10 parcelas mensais (de fevereiro a novembro) para a cobertura de 200 dias letivos, conforme o número de matriculados em cada rede de ensino.
Em Pará de Minas existe uma oferta expressiva de produtos da agricultura familiar que é destinada as cantinas para reforçar a merenda escolar. Mas sempre tem espaço para melhorar e ampliar o cultivo inserindo outras variedades com demanda.
Pensando em beneficiar os agricultores familiares e também as escolas, a equipe extensionistas do escritório da Emater-MG em Pará de Minas buscou parceria em um projeto experimental visando o plantio de batata inglesa no município, como disse ao Portal GRNEWS o extensionista da Emater-MG, Fábio Alves de Moraes:
Fábio Alves de Moraes
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Além de nutritiva, a batata é considerada um coringa nas cozinhas as escolas e possibilita a produção de vários pratos do cardápio definido pelos nutricionistas que atendem a rede pública de ensino.
Por isso, é importante que Pará de Minas passe a produzir em maior escala esse item gastronômico relevante. Observando essa necessidade que gera oportunidade, a equipe da Emater-MG se uniu a um comerciante e produtor no plantio de uma horta experimental na região da comunidade de Córrego das Pedras, área rural de Pará de Minas, e os resultados foram considerados muito bons:
Fábio Alves de Moraes
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O extensionista da Emater-MG afirma que o cultivo da batata inglesa exige menos mão de obra para cuidar da lavoura. A exceção fica para o momento da colheita devido à falta de colheitadeiras mecanizadas que não são muito comuns na região de Pará de Minas:
Fábio Alves de Moraes
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Ainda sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), atualmente, o valor repassado pela União a estados e municípios por dia letivo para cada aluno é definido de acordo com a etapa e modalidade de ensino:
Creches: R$ 1,07
Pré-escola: R$ 0,53
Escolas indígenas e quilombolas: R$ 0,64
Ensino fundamental e médio: R$ 0,36
Educação de jovens e adultos: R$ 0,32
Ensino integral: R$ 1,07
Programa de Fomento às Escolas de Ensino Médio em Tempo Integral: R$ 2,00
Alunos que frequentam o Atendimento Educacional Especializado no contraturno: R$ 0,53
O repasse é feito diretamente aos estados e municípios, com base no Censo Escolar realizado no ano anterior ao do atendimento. O Programa é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público.
Com a Lei nº 11.947, de 16/6/2009, 30% do valor repassado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE deve ser investido na compra direta de produtos da agricultura familiar, medida que estimula o desenvolvimento econômico e sustentável das comunidades.
O PNAE é acompanhado e fiscalizado diretamente pela sociedade, por meio dos Conselhos de Alimentação Escolar (CAE), e também pelo FNDE, pelo Tribunal de Contas da União (TCU), pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Ministério Público.
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