Paraminenses afirmam que governo deveria pensar mais no povo e consideram ridículo novo salário mínimo
O Decreto assinado pelo presidente Michel Temer no dia 29 de dezembro de 2017 fixou o valor do salário mínimo em R$ 954, um aumento de R$ 17, a partir de 1º de janeiro de 2018. Este foi o menor reajuste do salário mínimo em 24 anos e ficou abaixo do valor estimado anteriormente pelo governo federal, que era R$ 965.
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Para justificar esse aumento irrisório, o governo sustenta que o reajuste foi mais baixo porque a fórmula de correção leva em conta a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. Como o resultado do PIB de 2016 foi negativo, o reajuste do salário mínimo foi calculado apenas pelo INPC, estimado pelo governo em 1,81%.
Por outro lado, muitos economistas argumentam que o governo deveria rever a forma de reajustar o valor salário mínimo. Eles sabem que o salário mínimo é definido por lei, mas os tempos mudaram e a situação deveria ser revista para que o trabalhador tem mais poder de compra.
A reportagem do Portal GRNEWS ouviu alguns paraminense nesta terça-feira, 2 de janeiro, sobre o novo salário mínimo que vigora em todo o Brasil desde ontem, 1º de janeiro. Muitos não gravaram entrevista, mas consideram ridículo o reajuste de R$ 17 concedido pelo governo federal.
O aposentado Tarcísio Arcanjo da Silva afirma que com este salário fixado em R$ 954 é impossível sustentar uma família. É preciso complementar a renda para arcar com os compromissos básicos como alimentação, por exemplo:
Tarcísio Arcanjo da Silva
tarcisioarcanjosalario2018
O trabalhador Mauro Isaías Rodrigues também não gostou do novo salário mínimo. Para ele o governo não pensa no povo brasileiro, principalmente na classe trabalhadora, por que não é possível manter a família com este salário, considerando o custo de vida elevado:
Mauro Isaías Rodrigues
mauroisaiassalario2018
Cerca de 45 milhões de pessoas no Brasil recebem o salário mínimo, entre aposentados e pensionistas, cujos benefícios são, ao menos em parte, pagos pelo governo federal.
A atual fórmula de reajuste do salário mínimo foi criada em 2012, ainda no governo da então presidente Dilma Rousseff, e deve valer até 2019. Como o reajuste ficou abaixo da estimativa anterior, o governo deve economizar cerca de R$ 3,3 bilhões em gastos este ano.
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