Câmara dos Deputados prioriza atenção à saúde da pessoa com lesão medular a pedido de Eduardo Barbosa

Divulgação

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência (CPD) promoveu Audiência Pública para ouvir usuários, especialistas da área e o Ministério da Saúde sobre os avanços tecnológicos para prevenir problemas renais decorrentes do uso contínuo de cateter em pessoas com lesão medular. Realizada na quarta-feira, 29, atendendo requerimento do Deputado Eduardo Barbosa. Os convidados José Carlos Truzzi, da Sociedade Brasileira de Urologia, Gisela de Assis, do Hospital das Clínicas de Curitiba, Rafael Hoffmann, atleta paralímpico de rugby em cadeiras de rodas, e Aline Silveira Silva, representando o Ministério da Saúde, debateram o tema.

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Ao justificar a iniciativa de realizar o encontro, Eduardo Barbosa explicou que apesar da CPD ter como missão apontar caminhos para as políticas públicas setoriais brasileiras em todas as áreas que se responsabilizem pela pessoa com deficiência, são necessárias discussões sobre especificidades que envolvam a qualidade de vida de determinados grupos. “Fomos provocados pela Associação de Policiais Militares com Deficiência do Estado de São Paulo quanto às repercussões do uso das novas tecnologias para a pessoa com lesão medular dependente do cateterismo para o esvaziamento da bexiga”, disse.

Debate
Para a enfermeira Gisela de Assis, a utilização do cateter hidrofílico, em substituição ao fornecido pelo SUS, à base de PVC, reduz o trauma na uretra dos pacientes prevenindo infecções renais repetidas e acometimento de disfunções. “O procedimento pode transformar a vida de pessoas com lesão medular dando autonomia e resgatando a sua dignidade e o convívio social”, ressaltou.

Segundo Aliene Silveira, o Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologia em Saúde – DGITS, vem buscando atualizar o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas desenvolvido pelo Ministério da Saúde, em 2012, a partir de estudos que demonstrem a eficácia científica e o impacto econômico para incorporar a nova tecnologia aos distintos grupos de pacientes espalhados pelo território brasileiro.

Ao final dos trabalhos, o deputado Eduardo Barbosa destacou a relevância da reunião. “Acredito que realizamos um evento técnico, de aprofundamento de conhecimento, que culminará, também, com uma posição política da Comissão para uma possível indicação ao Ministério no sentido de viabilizar a disponibilização do cateter hidrofílico”, concluiu.

O Ministério da Saúde (MS) estima haver no Brasil mais de 10.000 novos casos de lesão medular ao ano. Cerca de 80% das vítimas são homens e 60% têm entre 10 e 30 anos de idade.

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