Mercado de trabalho aquecido: desemprego no Brasil atinge a menor taxa histórica

O Brasil registrou uma marca histórica no mercado de trabalho. A taxa de desemprego no trimestre finalizado em setembro de 2025 alcançou 5,6%, igualando o patamar mais baixo desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Os dados foram divulgados ontem (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua).

Com essa queda, o contingente de pessoas desocupadas no país foi reduzido para 6,045 milhões, o menor já registrado na série. Esse resultado representa uma diminuição de 3,3% frente ao trimestre imediatamente anterior e um recuo de 11,8% na comparação com o mesmo período do ano de 2024.

A população total inserida no mercado de trabalho se manteve estável, superando a marca de 102 milhões de pessoas, o que ainda é considerado um patamar recorde. O nível da ocupação alcançou 58,7%.

Um dos destaques do levantamento é o número de empregados com carteira assinada, que renovou o recorde ao atingir 39,2 milhões de trabalhadores.

Renda média e força de trabalho
A pesquisa do IBGE também aponta melhorias na remuneração. A renda média real do trabalhador no trimestre encerrado em setembro foi de R$ 3.507, um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2024.

A força de trabalho — que engloba tanto pessoas ocupadas quanto desocupadas — foi estimada em 108,5 milhões no período de julho a setembro de 2025. Esse número permaneceu estável em relação ao trimestre anterior, mas registrou um crescimento de 0,5% (mais 566 mil pessoas) quando comparado ao terceiro trimestre de 2024.

Crescimento e recuos por setores
A análise detalhada por setores de atividade econômica mostrou variações relevantes. Em relação ao trimestre anterior, houve expansão no número de ocupados em:

Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: aumento de 3,4% (mais 260 mil pessoas).

Construção: crescimento de 3,4% (mais 249 mil pessoas).

No entanto, houve redução no contingente de trabalhadores nos grupamentos de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (queda de 1,4%, ou menos 274 mil pessoas) e serviços domésticos (recuo de 2,9%, ou menos 165 mil pessoas).

Na comparação com o mesmo período de 2024, os setores de transporte, armazenagem e correio (6,7%, ou mais 371 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (3,9%, ou mais 724 mil pessoas) registraram crescimento na ocupação. O único recuo expressivo na comparação anual foi observado nos serviços domésticos, com queda de 5,1% (menos 301 mil pessoas). Com informações da Agência Brasil

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