Ministro convoca mobilização popular para derrubar escala de trabalho 6 por 1
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defende o fim da escala de trabalho 6 por 1 e enfatizou a necessidade de pressão popular para que a mudança seja aprovada no Congresso Nacional. Em entrevista, Marinho classificou a jornada, que garante ao trabalhador apenas um dia de descanso semanal, como “a mais cruel das escalas que existe”.
O ministro citou o exemplo da derrubada da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Blindagem, arquivada graças à mobilização da sociedade, como um indicativo de que a manifestação pública é fundamental para garantir os direitos dos trabalhadores.
Necessidade de renovação na jornada
Luiz Marinho lembrou que vários países já adotaram ou estão implementando jornadas laborais menores do que a de 6 por 1 ou a de 44 horas semanais, como França, Alemanha, Dinamarca, Bélgica, Holanda e Islândia.
Ele afirmou que o governo manifesta apoio a uma redução da jornada máxima de 44 para 40 horas semanais, garantindo que isso pode ser feito “sem prejuízo para a economia”. O ministro ressaltou que a escala de seis dias trabalhados para um de descanso é particularmente prejudicial para as mulheres e para a juventude, que têm demandado uma adequação por parte das autoridades e do empresariado.
O papel do Congresso e o voto
A proposta de alteração da escala 6 por 1 está em tramitação, e o ministro expressou sua preocupação com o fato de o Congresso Nacional ter outras prioridades que nem sempre favorecem os trabalhadores.
Marinho sugeriu que os eleitores monitorem o posicionamento dos atuais parlamentares sobre o tema da jornada. O objetivo é que o eleitor saiba “quem merece ter seu mandato renovado e quem merece ser substituído” nas próximas eleições, baseado no apoio ou resistência à pauta trabalhista.
Pressão como ferramenta política
O ministro manifestou apoio a que as mobilizações e manifestações populares, a exemplo daquelas que foram contrárias à anistia e à blindagem de parlamentares, continuem ativas.
“É importante manter a mobilização porque, se deixar o parlamento brasileiro livre, leve e solto, só vem prejuízo para classe trabalhadora”, declarou Marinho. Ele acredita que o Congresso “só vai dar jeito com muita pressão, como foi o caso, agora, em que a PEC da Blindagem foi enterrada”.
Ele concluiu que, sem a pressão popular, o perfil atual do Congresso não deve atender à reivindicação dos trabalhadores, mas garantiu que o governo dará todo o suporte para acabar com a jornada 6 por 1. Com informações da Agência Brasil


