Veja dicas para mudar hábitos que podem prejudicar a saúde bucal

Nos cuidados com a saúde bucal, alguns hábitos começam na infância, tais como escovar os dentes, evitar doces em excesso e visitar o dentista periodicamente. São ações simples que contribuem na prevenção de problemas comuns, como a cárie, por exemplo. Porém, para criar essa rotina, é necessária a repetição diária. E justamente por isso, assim como adquirimos bons hábitos de higiene, também estamos propensos a adquirir hábitos inconscientes que comprometem toda uma rotina de cuidado.

Em sua maioria, quando pequenas manias têm aspecto negativo, o indivíduo é prejudicado e, caso haja, demora ao procurar auxílio de um especialista, o problema tende a se tornar mais severo. A mastigação de objetos, por exemplo, pode causar enfermidades como Disfunção Temporomandibular, que ocorre quando as articulações apresentam desarmonia funcional comprometendo a mastigação, a deglutição e a fala, e até mesmo desgaste dos dentes. Alguns sintomas devem ser observados com atenção. “Dores localizadas e de cabeça, sensação de pressão na mandíbula, dificuldade de mover a boca e zumbidos são sintomas que necessitam de acompanhamento médico, ignorar o tratamento pode levar a intervenção cirúrgica”, afirma a cirurgiã-dentista e coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade Pitágoras, Carolina Lage. A profissional também chama atenção para comportamentos inofensivos que afetam a limpeza bucal e explica como evitá-los:

1 – Escova de dente
Carolina explica que demorar para descartar as escovas de dente impede que as cerdas realizem o ciclo completo de limpeza, pois elas auxiliam na remoção de placas e diversas bactérias. Por isso, o recomendado é substituir as escovas a cada três ou quatro meses. “O ideal é trocar quando as cerdas estão desfiadas, desgastadas e com clareamento, caso forem coloridas. Também é recomendado após enfrentar doenças como gripe, resfriado, infecções na garganta ou Covid-19” orienta. “Mantendo esse cuidado, o paciente diminui a proliferação de novas bactérias e as chances de uma nova infecção” completa.

2 – Palito de dente
Palitos de madeira, mais conhecidos como palitos de dente, estão presentes na maioria dos lares brasileiros. Esse item popularmente utilizado para promover a limpeza dos dentes é sinônimo de terror para dentistas. “Quem tem o costume de palitar os dentes após as refeições está cometendo um grande erro, pois ao usar o objeto pontiagudo para retirar restos de alimentos pode machucar a gengiva, deixando o ambiente propício para infecções e outros problemas. O método que ainda é julgado ideal por dentistas para uma higiene adequada é utilizar o fio dental” afirma.

3 – Roer as unhas
Geralmente usado como justificativa para ansiedade ou nervosismo, o ato de roer as unhas é uma mania que atinge 20% a 30% da população mundial, esse hábito faz mal à saúde em diferentes escalas e, principalmente, desencadeia sérios problemas bucais. “Pessoas que roem unha exercem uma pressão elevada sobre os dentes repetidas vezes, isso pode causar o desgaste do esmalte, aumentando o risco de fraturas e provocar o desalinhamento da arcada dentária” diz a professora.

4 – Morder e abrir objetos
Morder tampas de canetas ou abrir garrafas com os dentes é uma ação que pode ser chamada de “parafuncional”, isso acontece quando fazemos algo que não está dentro da função natural do corpo. “O impacto do hábito de morder ou abrir objetos pode gerar danos simples como microfissuras no esmalte, que pode interferir na estética ou casos complexos, que levam ao tratamento odontológico especializado”, diz.

Qual é a rotina ideal para uma saúde bucal saudável?
Para se desvencilhar do mau hábito é preciso estar atento as próprias ações e sempre buscar ajuda de profissionais especializados. Em casos extremos, a atuação de psicólogos e terapeutas é necessário.

“O papel do dentista é orientar o paciente a manter a limpeza bucal em dia, realizando escovação após a ingestão de alimentos, o uso de fio dental ao menos uma vez ao dia e o enxágue bucal como complemento, por exemplo, pode evitar problemas mais sérios. Assim, manter constância quanto às visitas ao consultório odontológico para avaliação são fundamentais para realizar o tratamento de prevenção da estrutura bucal” finaliza. Com informações da assessoria de imprensa da Faculdade Pitágoras.

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