Conheça histórias de idosos que mesmo sem familiares por perto, vivem alegres e tranquilos na Cidade Ozanam

Dados do Ministério da Saúde mostram que atualmente os idosos representam 14,3% da população, o que corresponde a 29,3 milhões de pessoas. Com o brasileiro cada vez mais idoso, é perceptível que todo mundo tem se cuidado mais. Ido ao médico com mais frequência, tendo uma alimentação saudável e praticando exercícios.

Mas nem todos podem ter esse cuidado ou não tem essa chance. Um levantamento realizado pelo Ministério da Mulher, Família e Direitos Humano revelou que em 2018, aumentou em 13% a violência contra os idosos. A maioria, 85,6%, é praticada dentro da residência da vítima, por filhos e netos.

Se por um lado muitos idosos tem uma vida independente e conseguem se manter sozinhos, por outro, há os que precisam de ajuda. E muitas vezes esse cuidado não é feito por nenhum familiar, daí a importância das políticas públicas que auxiliam estas pessoas.

Muitos deles passam a morar em asilos ou pagam pessoas pra cuidar deles. Em Pará de Minas por exemplo, que não tem esse auxílio em casa tem uma chance de ir para a Cidade Ozanam.

No Dia do Idoso, comemorado em 1º de outubro, a reportagem do Portal GRNEWS foi até o local que cuida atualmente de cerca de 60 pessoas na melhor idade. A reportagem quis conhecer de perto como é a vida destes velhinhos, muitas vezes abandonados pela família ou sequer tem algum parente vivo.

Foi um dia de muitas histórias, emoção, boas risadas e claro, aprendizado. Como as histórias do seu João Marinho de 72 anos. Enquanto ele coloria o livro com mais de 500 desenhos, foi contando sobre a vida e como hoje vive bem, sendo cuidado por homens e mulheres que dedicam seu dia para cuidar e proteger cada pessoa que mora ali.

Seu João é aposentado da Prefeitura e trabalhava como serviços gerais, fazia de tudo um pouquinho. Nunca casou pois como era só ele e o irmão, teve que cuidar sozinho do pai e da mãe. Hoje tem uma vida tranquila e feliz:

João Marinho
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Já a dona Expedita Maria Duarte passa o dia na costura. Faz pano de prato, caminho de mesa e até avental. Com 76 anos, há quatro ela vive na Cidade Ozanam rodeada de amigos. Conta que até quis se casar mas não deu muito certo:

Expedita Maria Duarte
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Com o seu José Feliciano Araújo a prosa durou muito tempo. Com 77 anos, há cerca de um ele chegou à Cidade Ozanam. Fez de tudo um pouco na vida e como não teve filhos, resolver ir morar no asilo:

José Feliciano Araújo
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Seu José se separou da esposa que hoje mora em Belo Horizonte. Mas o olhar dele denuncia que se apaixonou novamente. Toda semana vai ao Centro de Convivência para o tradicional forró. Lá conheceu uma moça que já até o visitou na Cidade Ozanam e quem sabe vai rolar um namoro da melhor idade:

José Feliciano Araújo
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Na Cidade Ozanam mora também o seu Levino de 106 anos. Com a fala baixinha e calma não foi possível entrevista-lo, mas pelo olhar dele foi perceptível o carinho com que é tratado e mesmo não tendo familiares por aqui, ele vive hoje uma vida feliz.

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