Prefeito de Florestal se posiciona após operação da PCMG que apreendeu equipamentos e prendeu servidor

Duas pessoas foram conduzidas à Delegacia Regional de Polícia Civil de Juatuba e equipamentos foram apreendidos durante a operação Marco Zero. A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) realizou as prisões e apreensões na quinta-feira (03) após receber denúncias e passar a investigar possíveis desvios na Prefeitura de Florestal.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da prefeitura e também na casa dos investigados em Pitangui. Eles são suspeitos, segundo a PCMG, de peculato, falsificação de documento público e inserção de dados falsos em sistemas públicos.

PCMG / Divulgação

A PCMG apreendeu além de documentos e computadores na sede do Executivo municipal, caixas de teste para Covid-19, lancetas para teste de HIV, receituários para medicamentos controlados e tarja preta, atestados médicos e pedidos de exames em branco mas assinados e carimbados por médicos e um equipamento eletrônico na casa dos suspeitos, que foram autuados em flagrante pelo desvio de materiais, patrimônio e documentos públicos.

O prefeito Wagner Dos Santos Junior (PV) se posicionou sobre a operação e enviou ao Portal GRNEWS uma nota de esclarecimento. Segundo ele, foi orientado a não se pronunciar antes para não atrapalhar as investigações. No final de dezembro de 2021, a administração municipal foi surpreendida com o conhecimento de atitudes suspeitas praticadas por um servidor concursado e que ocupava um cargo de agente político.

A nota diz que “ocorreram, possivelmente, desvios de recursos da Prefeitura para a conta particular do servidor, consistindo na transferência de valores de uma das contas do Município para a conta do servidor, ambas na Caixa Econômica Federal. Nesta oportunidade, queremos reafirmar que JAMAIS nossa Administração compactuou com tais fatos e repudia veementemente atitudes dessa natureza praticadas por servidor e/ou qualquer agente público, prezando pela honestidade, o respeito ao próximo e, mais ainda, pela seriedade no trato com o dinheiro público”.

Ainda segundo o prefeito, a administração adotou todos os procedimentos legais para esclarecimento dos fatos, a recuperação dos recursos públicos e a punição dos responsáveis.

O servidor foi exonerado do cargo, foi instaurado um Processo Administrativo Disciplinar para apurar as responsabilidades e aplicar as penalidades cabíveis, além de solicitar a instauração de inquérito pela Polícia Civil, representação junto ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) através da Comarca de Pará de Minas, ajuizamento de Ação Cautelar pedindo o bloqueio dos bens do servidor envolvido e a comunicação dos fatos aos vereadores de Florestal.

O prefeito esclarece que as desconfianças de um possível desvio tiveram início quando foi constatada transferência de dinheiro da conta da Prefeitura para a do servidor:

Reprodução

Wagner dos Santos Júnior
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Wagner dos Santos Júnior foi vereador de Florestal e em 2020 venceu as eleições para prefeito. Disse que aceitou o desafio com coragem, mas jamais imaginou este tipo de conduta de servidores:

Wagner dos Santos Júnior
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Ainda segundo a nota da prefeitura, “quanto aos valores dos danos, ainda não foi levantado o montante exato, o que será apurado no curso das investigações citadas e por meio de perícias administrativa e judicial. Na oportunidade, queremos deixar claro que, assim que houver algum progresso nos procedimentos, a população de Florestal terá pleno conhecimento dos valores e dos resultados das providências tomadas”.

Já em relação aos objetos encontrados na residência do servidor, a procedência é investigada pela PCMG e pela administração municipal.

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