Paraminenses acompanham julgamento do impeachment de Dilma Rousseff e querem mudanças

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A segunda-feira, 29 de agosto de 2016, está sendo uma data histórica para o Brasil. Trata-se do dia do julgamento final do processo de impeachment da presidente da República afastada, Dilma Rousseff (PT).

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A primeira mulher a governar o país chegou a um capítulo dramático de sua vida pública após cumprir um primeiro mandato considerado fraco. Desde as eleições de 2014 a ameaça de retirá-la do cargo vinha sendo cogitada pela oposição.

Com o advento da crise econômica e um desmembramento de sua base aliada no Congresso Nacional, instalou também uma grave crise política. Em seguida houve desentendimentos entre Dilma Roussef e o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP), a quem ele acusa de golpista e usurpador do governo.

Outro fator determinante foi a atuação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele acolheu a denúncia impetrada pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.

O processo correu na Câmara dos Deputados e foi aprovada a tramitação no Senado Federal por 367 votos a favor e 137 contra. Em seguida foi formada uma comissão especial no Senado, que seguiu todo o rito definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) conforme determina a Constituição Federal.

Por 59 votos a favor e 21 contra os senadores aprovaram pelo afastamento da presidente da república por 180 dias e a continuidade do processo. Durante todas as fases foram asseguradas o direito a defesa e o contraditório.

Agora está sendo realizado o julgamento final que poderá afastar definitivamente Dilma Rousseff do poder. A sessão foi aberta às 9h38 e depois o presidente do julgamento, ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, pediu ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para introduzir a presidente afastada no recinto.

Ela começou a discursar às 9h53 e conclui às 10h39, 46 minutos depois. Ela chamou de “golpe” o governo do presidente em exercício Michel Temer, e o denominou o “usurpador”.

Após o discurso, que teve vários momentos em que Dilma se emocionou ao relembrar sua luta durante a ferrenha ditadura militar no Brasil, foi aberta a palavra para os senadores inscritos fazerem perguntas.

Os questionamentos feitos por senadores à presidente Dilma Rousseff deve terminar por volta das 23 horas. Depois teremos os trâmites previstos e a votação final.

Discussões à parte, a população que é a maior prejudicada em todo esse episódio dramático, também se manifesta sobre o assunto. Nas ruas os alguns paraminenses ouvidos disseram acompanhar o processo e manifestaram opinião sobre as discussões. Uns não quiseram gravar entrevista, outros afirmam que na atualidade o clima é de total descrença em relação a classe política, como disse Regiane Donarte:

Regiane Donarte
impeachmentregianedonarte

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João Carlos Brito, disse que à medida do possível vem acompanhando o impeachment e os desfechos da política. Ele ressalta que a população precisa mudar a cultura e adotar posturas diferentes:

João Carlos Brito
impeachmentjoaocarlosbrito

O fato curioso é que Fernando Collor de Melo (PTC-AL), o primeiro presidente da República da América Latina a sofrer um impeachment ano de 1992, é um dos juízes neste processo. Ele cumpre mandato como senador pelo estado do Alagoas.

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