MG aposta em tecnologia e experiência do Corpo de Bombeiros para gerenciar desastres e enfrentar estiagem severa

Para enfrentar uma das temporadas de estiagem mais rigorosas dos últimos anos, o Governo de Minas, por meio do Corpo de Bombeiros (CBMMG), e de forma integrada aos demais órgãos da Força Tarefa Previncêndio, tem aplicado esforços no combate aos incêndios em vegetação, com atenção especial às Unidades de Conservação.

Para colocar em prática o planejamento do CBMMG, o Governo de Minas investiu R$ 9,8 milhões, destinados a ações de prevenção e combate a incêndio florestal no estado, incluindo a aquisição de equipamentos, locação de caminhonetes e aeronaves modelo Air Tractor, equipamentos de proteção individual, além de cursos de especialização, visando maior agilidade e qualidade no combate.

Nesta semana, dois grandes incêndios em parques do estado exigiram respostas rápidas para reduzir danos para as comunidades locais e o meio ambiente.

Um grande incêndio, iniciado no domingo, 18 de agosto, atingiu a Área de Proteção Ambiental do Parque Serra do Cipó e após intenso combate, integrado com brigadistas e agentes do ICMBio, foi encerrado com sucesso em 21 de agosto.

Na Serra da Moeda, na Região Metropolitana, o Corpo de Bombeiros contou com mais de 134 agentes, apoio aéreo e terrestre, priorizando e protegendo as comunidades com a extinção dos focos concentrados nessas regiões, evitando a remoção de pessoas de moradias e eliminando o risco para a população de forma célere.

O comandante-geral da corporação, coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho, destacou a preocupação com o período crítico, mas reforçou que a corporação segue dedicada a cumprir a missão de combater incêndios.

“O momento é de atenção, considerando os alertas recentes de baixa umidade do ar e altas temperaturas, mas o Corpo de Bombeiros Militar segue firme na proteção das pessoas e do meio ambiente”.

Em alerta
Com o objetivo de responder às demandas de forma eficiente e aprimorar a coordenação das atividades de prevenção e combate, a corporação mantém ativa desde o dia 8 de julho estrutura para centralizar o gerenciamento e padronizar estratégias de resposta aos incêndios florestais nas Unidades de Conservação do estado.

Por meio de sistemas informatizados, a Sala de Coordenação Operacional realiza o monitoramento via satélite dos pontos de calor nas Unidades de Conservação estaduais e respectivas zonas de amortecimento.

Quando necessário, aciona rapidamente o empenho das equipes em campo, gerenciando recursos de combate aéreo e terrestre para atingir a eficiência no atendimento.

Durante a emergência, as variáveis meteorológicas são acompanhadas, bem como os recursos gerenciados, conforme a prioridade de cada região.

Em cada operação são instalados postos de comando, possibilitando a integração com os demais órgãos envolvidos e brigadistas, além da padronização de orientação às comunidades próximas.

Nos postos de comando, toda experiência da corporação no gerenciamento de desastres é aplicada, com ferramentas de georreferencianento e estratégias para atuação das equipes em campo.

Otimização da resposta
Diariamente, mais de cem bombeiros reforçam o efetivo ordinário das unidades operacionais para potencializar as ações de combate aos incêndios em todo o estado.

Além disso, a instalação das bases operacionais em unidades de conservação estratégicas para reduzir o tempo resposta foi outro importante instrumento para reverter a propagação imediata do fogo em locais mais isolados e com alta incidência de focos.

As bases estão instaladas nas Unidades de Conservação com maior incidência de registros de incêndios e área queimada dos últimos 10 anos, detectadas em estudo prévio da corporação.

São elas: Parque Estadual Serra do Cabral, em Joaquim Felício; APA Cochá e Gibão, em Bonito de Minas; Apae Alto do Mucuri, em Teófilo Otoni; e Parque Estadual Serra do Rola Moça, situado entre os municípios de Belo Horizonte, Nova Lima, Ibirité e Brumadinho.

Destaca-se a base de Cochá e Gibão, que possui autonomia logística de monitoramento, comunicação, posto de comando e heliponto, entre outros recursos de tropa, como alimentação, hidratação e alojamentos.

De forma integrada, a Sala de Coordenação Operacional detecta precocemente o incêndio e realiza o envio das equipes de combate. Com este gerenciamento, as estatísticas de atendimento apontam que cerca de 82,5% dos incêndios são extintos nas primeiras 24 horas de combate.

O planejamento das bases operacionais prevê ainda a realização de ações preventivas com a população, como visitas à comunidades, escolas e propriedades rurais, além da conscientização sobre a importância da preservação ambiental e as consequências dos incêndios para a saúde pública e o meio ambiente.

A operação seguirá até meados de outubro, podendo ser prorrogada caso o período chuvoso seja adiado, garantindo a presença constante das equipes nas regiões mais vulneráveis durante o período crítico dos incêndios. Com Agência Minas

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