Comércio liderou geração de empregos nos pequenos negócios mineiros em novembro

Com destaque para o Comércio, as micro e pequenas empresas de Minas Gerais geraram, em novembro de 2023, um saldo de 3.538 novos postos de trabalho, o que representa 100% do saldo total para o estado. O número resulta da diferença entre 129.677 admissões e 126.139 desligamentos, o que corresponde a um decréscimo de 38,69% em relação a outubro. Já em comparação com o mesmo período do ano anterior, novembro de 2022, foi registrado um decréscimo de 82,22% no saldo de empregos gerados pelas pequenas empresas mineiras.

As médias e grandes empresas do estado fecharam o mês com um saldo negativo de 2.744 vagas de emprego. As MGE foram fortemente impactadas pela Construção Civil e Indústria de Transformação que, juntas, registraram um saldo de -6.254. “A redução das expectativas de investimento dos empresários mineiros, especialmente no setor industrial, está parcialmente ligada às incertezas sobre as novas políticas econômicas do governo e à crise internacional. Esses fatores geram apreensão entre os empresários, afetando a capacidade dos investimentos e, consequentemente, a geração de empregos. Além disso, por terem operações mais complexas do que as pequenas empresas, as MGE têm mais dificuldade de se adaptarem e manterem resultados frente a esses cenários adversos”, explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.

Minas Gerais ocupou a nona posição entre os demais estados do país, ao considerar o saldo gerado pelo MPE em novembro de 2023. Já entre as regionais, a que registrou o melhor resultado foi a Centro. A nível municipal, Belo Horizonte se manteve em primeiro lugar, com um saldo de 2.072 novos postos de trabalho.

O setor do Comércio se destacou como o maior gerador de empregos nos pequenos negócios em Minas Gerais, com um saldo de 5.915 novas vagas, seguido do setor de Serviços (4.096). Já o setor da Agropecuária registrou o pior saldo de empregos gerados, com -2.991 vagas. “Tradicionalmente, o comércio ganha um fôlego extra nos últimos meses do ano com o aumento das vendas em virtude do Natal. Desta forma, há mais demanda por mão de obra nos estabelecimentos. É um bom momento para quem atua na área se recolocar no mercado, pois muitos postos de trabalho são mantidos”, afirma Marcelo Silva.

Na análise das atividades econômicas específicas, destacam-se o comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios, com um saldo positivo de 1.276, os serviços prestados principalmente às empresas não especificadas anteriormente (784) e o comércio varejista de mercadorias em geral com predominância de produtos alimentos – supermercados (750).

Apesar de as MPE mineiras serem responsáveis por 100% do saldo positivo de empregos no estado, o cenário econômico atual aponta para um período desafiador para o mercado de trabalho. “Com a elevação das taxas de juros e a queda significativa registrada pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), veremos as MPE enfrentarem uma conjuntura econômica desafiadora, mas tendo resiliência, principalmente nos setores de comércio e serviços, devido às festividades de fim de ano”, completa Silva.

Admissões por perfil
O perfil mais comum das admissões geradas pelo MPE são homens, pessoas na faixa etária de 18 a 24 anos e com Ensino Médio completo. O salário médio de admissão foi de R$ 1.796,99; cerca de R$ 13,82 a menos que o salário médio de desligamento.

Quanto aos desligamentos, em sua maioria foram homens de 18 a 24 anos, com Ensino Médio completo. Entre as ocupações com melhor saldo de empregos gerados no período destacam-se o Vendedor de Comércio Varejista, com 1.837 vagas geradas, seguido do Atendente de Lojas e Mercados (900) e o Operador de Caixa (725). Com informações da Assessoria de Comunicação do Sebrae Minas.

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