Confiança dos consumidores impulsionam economia em Minas Gerais
O Núcleo de Estudos Econômicos da Fecomércio MG realizou uma análise aprofundada dos dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), destacando o desempenho do setor em dezembro. Foi observado uma retomada pelo segundo mês consecutivo do volume de vendas no setor de comércio em Minas Gerais no acumulado do ano, superando o desempenho do Brasil no mesmo período.
No âmbito nacional, percebemos uma leve contração de 2,4% no volume de vendas no varejo ampliado, interrompendo a robusta aceleração observada no mês anterior. O desempenho deste período retrocede à tendência estabelecida durante a estabilização do crescimento, ocorrida entre agosto e outubro de 2023.
Quanto a Minas Gerais, o volume de vendas mantém uma estabilidade no crescimento, persistindo em 2,6% no acumulado do ano. Destaca-se que esta taxa representa uma significativa elevação em comparação ao mesmo período do ano anterior, que registrou 0,9%.
Neste processo de expansão do índice em Minas Gerais, o crescimento acumulado ao longo do ano no estado permanece constante, ao passo que o cenário nacional apresenta um arrefecimento, ainda que sutil.
“A consistência do setor de comércio em Minas Gerais é respaldada não apenas pela redução da inflação, mas também pela estabilização do crescimento nas vendas, evidenciada pelo persistente aumento de 2,6% no acumulado do ano. Esse cenário reflete uma confiança contínua dos consumidores, impulsionada por condições favoráveis de crédito, contribuindo assim para um robusto desenvolvimento das atividades econômicas no estado”, explica o Economista-chefe da Fecomércio MG, Stefan D’Amato.
Comparando com o mês anterior analisado (novembro), notou-se uma diminuição no índice, com uma desaceleração mais pronunciada no cenário nacional, registrando uma queda de 1,1%. Por outro lado, no cenário de Minas Gerais apresentou-se uma leve redução de 0,3%.
As principais atividades no cenário do varejo ampliado em Minas Gerais no acumulado do ano, foram: i) Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação; ii) Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo; e iii) Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. Em contrapartida, os setores de Tecidos, Vestuário e Calçados, juntamente com Livros, Jornais, Revistas e Papelaria, experimentam as mais expressivas retrações, marcando quedas de 12,5% e 10,6%, respectivamente.
Ao avaliar a variação acumulada do ano no varejo restrito no contexto econômico brasileiro, evidencia-se um incremento significativo de 1,7% no indicador de volume de vendas, igualando o desempenho do mês anterior e superando os 1,0% do ano anterior. Apesar desse avanço, a performance mostra-se menos robusta ao ser comparada com o setor de comércio ampliado.
No cenário mineiro, destaca-se um crescimento mais substancial no período em análise, apresentando um avanço de 3,2% no indicador, com um leve acréscimo de 0,2 ponto percentual. No ano anterior, no mesmo intervalo, o indicador havia registrado um aumento menos expressivo, atingindo 2,0%. Notavelmente, no ano atual, a queda observada foi mais acentuada em comparação ao ano anterior, registrando 0,1 ponto percentual a mais.
Assim, o indicador do acumulado do ano para o varejo restrito superou o do ampliado, indicando que as quedas, especialmente nas áreas de veículos, motocicletas, partes e peças, e materiais de construção, influenciaram negativamente o varejo ampliado, mesmo diante do notável crescimento de 11% no Atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo. Com informações da Assessoria de Comunicação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais.