Anvisa proíbe suplementos e energéticos com ozônio por falta de segurança alimentar

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a proibição completa da fabricação, distribuição, comercialização, uso e publicidade de todos os suplementos alimentares e bebidas energéticas produzidos pela empresa OZT Comércio Atacadista Especializado em Produtos Ozonizados. A agência também ordenou a apreensão imediata desses itens no mercado.

Gás sem avaliação de segurança
A decisão foi motivada pela adição de ozônio nos produtos. O ozônio é um tipo de gás que, conforme a Anvisa, não possui avaliação de segurança para ser utilizado na composição de suplementos alimentares e bebidas líquidas prontas para o consumo, como os energéticos.

Atualmente, o único uso autorizado para o ozônio é como agente de desinfecção no tratamento de água.

Alegações terapêuticas ilegais
Além da composição irregular, a Anvisa identificou que a empresa OZT utilizava propagandas com alegações funcionais, de saúde e até indicações terapêuticas não aprovadas.

A agência citou como exemplo a alegação de que o produto ofereceria “suporte nutricional para o funcionamento saudável do sistema digestivo, hepático, ocular e cardiovascular”.

Em nota, a Anvisa esclareceu que as autorizações concedidas a suplementos alimentares estão restritas a papéis metabólicos de nutrientes ou substâncias dentro de uma dieta.

“Nenhuma das alegações aprovadas para alimentos está associada com finalidades medicamentosas ou terapêuticas, que são exclusivas de medicamentos e devem ser comprovadas cientificamente”, explicou a agência.

No mês anterior, a Anvisa já havia tomado medida similar ao proibir a venda e o uso de 69 cosméticos capilares da marca Ozonteck que também utilizavam ozônio. Naquela ocasião, a agência agiu porque o fabricante alegava que os cosméticos possuíam atividade farmacológica, o que é vedado para esse tipo de produto. Com informações da Agência Brasil

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