MG bate recorde em exames de retina no SUS e reforça cuidados contra a retinopatia diabética

Em Minas Gerais, o número de exames oftalmológicos realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para prevenir doenças da retina atingiu um recorde histórico. O dado, revelado em um levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), aponta uma tendência positiva nos esforços para prevenir e combater doenças como a retinopatia diabética, problema que pode causar cegueira em pessoas com diabetes.

De acordo com os dados analisados pela instituição, Minas Gerais registrou um aumento de 30% na realização de exames de retina pelo SUS entre janeiro e agosto de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. Até agosto deste ano, foram realizados pelo menos 770 mil procedimentos, contra 590 mil no mesmo período do ano anterior, apontando para a tendência de um novo recorde histórico.

“Enquanto nos aproximamos do final de 2024, mantemos nossos olhos fixos em um objetivo claro: continuar elevando os padrões de cuidado e prevenção, assegurando que cada vez mais pessoas tenham acesso aos exames necessários”, destacou Wilma Lelis, presidente do CBO.

Para ela, essa conquista é mais do que um número: representa uma vitória na luta contra uma das principais causas de cegueira evitável no mundo. “Em meio aos desafios impostos pela pandemia de covid-19, o SUS não apenas se recuperou da queda, especialmente em 2020, mas também mostrou uma capacidade resiliente e ampliada de atendimento”, disse.

Na avaliação do CBO, este avanço reflete o fortalecimento das políticas de saúde pública e a crescente conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce da retinopatia diabética, principal responsável pelo volume de exames de retina realizados no SUS. Através de esforços conjuntos, campanhas de sensibilização e investimentos em infraestrutura e capacitação profissional, o SUS está pavimentando o caminho para um futuro em que a prevenção é a chave para uma vida mais saudável.

Cenário Nacional
O relatório do CBO avaliou os registros dos quatro tipos de exames para o diagnóstico de problemas na retina disponíveis no SUS: biomicroscopia de fundo de olho, mapeamento de retina, retinografia colorida binocular e retinografia fluorescente binocular. O detalhamento dos números mostra que todos estes procedimentos registraram aumento significativo no ano passado.

Em 2019, de janeiro a agosto, por exemplo, foram realizados, em média, cerca de 645 mil exames desses quatro tipos a cada mês. No mesmo período do ano seguinte, esse total baixou para 413 mil mensais. Em 2023, com a normalidade dos atendimentos do SUS já estabelecida, a média ultrapassou 972 mil procedimentos e, em 2024, já supera a marca de 1,1 milhão de exames ao mês.

Estados e regiões
Ao avaliar a produção de exames de retina a partir da sua distribuição geográfica, é possível constatar que a melhora da cobertura ocorreu nas cinco regiões, na comparação entre os intervalos janeiro-agosto dos anos 2019 e 2024. Os destaques vão para as regiões Centro-Oeste (100%), Sudeste (85%) e Nordeste (72%). Em seguida, estão Sul e Norte com aumento de 58% e 57%, respectivamente.

Os dados das unidades federativas confirmam a tendência de alta e o desempenho positivo é registrado em quase todos os estados. Em valores absolutos de procedimentos, São Paulo lidera os registros de 2024 com 2,9 milhões de procedimentos realizados, seguido por Rio de Janeiro com 974 mil e Pernambuco com 875 mil.

Já os estados com os maiores aumentos proporcionais entre 2019 e 2024 foram o Acre, com alta de 13273% no volume de procedimentos realizados no período de janeiro a agosto de cada ano; Amapá, com variação de 366%; e Mato Grosso, com alta de 282%. Dois estados, além do Distrito Federal, não registraram, em 2023, um número de procedimentos capaz de superar as notificações de 2019: Distrito Federal (-66%); Rondônia (-20%); Paraíba (-3%), conforme revelam os números da produção ambulatorial de cada Unidade Federativa do País.

Perfil
De forma geral, as mulheres representam a maioria dos pacientes que são submetidos aos exames, conforme mostram os dados analisados pelo CBO. Nos períodos de janeiro a agosto, nos anos de 2019 a 2024, foram feitos 15,5 milhões de testes na população feminina. Outros 11,2 milhões foram aplicados em homens. Com relação à idade, a maior produção ocorreu na população com idades acima de 60 anos. Esse segmento somou, só em 2024, um total de 3,6 milhões de exames. As informações são da Assessoria de Comunicação do Conselho Brasileiro de Oftalmologia.

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