MG recebe reconhecimento internacional como livre de febre aftosa sem vacinação
Minas Gerais acaba de conquistar um dos mais importantes marcos na história da sua agropecuária: o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação, concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A oficialização foi anunciada em 29 de maio durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados, realizada em Paris, com representantes de 183 países.
O governador em exercício, Mateus Simões, celebrou a conquista, destacando o impacto econômico positivo para o estado.
“Este reconhecimento representa uma vitória histórica para o setor agropecuário mineiro. Além de garantir segurança alimentar, abre portas no mercado global e gera uma economia significativa para os nossos produtores rurais”, afirmou.
Reconhecimento é resultado de décadas de trabalho
A cerimônia contou com a participação de representantes do Governo de Minas, como o diretor técnico do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), André Duch, e o coordenador estadual do Programa Nacional de Vigilância de Febre Aftosa (PNEFA), Natanael Lamas.
O secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), Thales Fernandes, lembrou que o agronegócio já lidera a economia mineira.
“Somente nos quatro primeiros meses de 2025, as exportações do agro mineiro ultrapassaram a mineração, somando US$ 6,5 bilhões. Isso demonstra a força do setor e a importância desse reconhecimento para consolidarmos Minas como protagonista no cenário mundial da agropecuária”, destacou.
Thales também ressaltou o papel decisivo do IMA, órgão vinculado à Seapa, responsável pela defesa sanitária no estado.
“Essa conquista só foi possível graças ao trabalho técnico e comprometido do IMA, que mantém a sanidade dos rebanhos mineiros e garante a segurança alimentar e comercial”, pontuou.
Novas oportunidades para Minas no mercado global
Para o diretor técnico do IMA, André Duch, a certificação da OMSA é fruto de um trabalho conjunto entre o governo, produtores, entidades e toda a cadeia produtiva.
“É um divisor de águas para a economia mineira. A partir de agora, temos acesso a mercados altamente exigentes, como Japão, Coreia do Sul e União Europeia. Isso significa mais oportunidades de exportação e valorização dos nossos produtos”, afirmou.
Ele ainda destacou que essa conquista internacional se soma ao reconhecimento obtido em 2024, quando o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) declarou Minas livre da febre aftosa sem vacinação em nível nacional. Agora, o estado se consolida como uma referência tanto nacional quanto mundial em sanidade animal.
Impacto direto na economia e no consumidor
O novo status sanitário fortalece não apenas o agronegócio mineiro, mas também a economia como um todo. A expectativa é de aumento significativo nas exportações de carne bovina, suína, derivados e outros produtos de origem animal, além de mais geração de empregos, renda e desenvolvimento nas áreas rurais e urbanas.
Para os consumidores mineiros, o reconhecimento reforça a segurança dos alimentos produzidos no estado, que passam a ser certificados por padrões internacionais de qualidade e sanidade, consolidando Minas Gerais como um dos maiores produtores de alimentos seguros e de excelência no mundo. Com informações da Agência Minas

