Pará de Minas enfrenta aumento de casos graves de doenças respiratórias em crianças. Alta demanda pressiona sistema de saúde e UPA reforça equipes

O Município de Pará de Minas tem registrado um crescimento expressivo nos atendimentos de crianças com síndrome respiratória aguda grave nas últimas semanas. A situação gerou alerta nas unidades de saúde do município, principalmente na UPA 24 horas, onde a taxa de ocupação está próxima de 100% tanto na ala pediátrica quanto no setor de urgência para adultos. A Secretaria Municipal de Saúde já estuda a possibilidade de decretar situação de emergência em saúde pública.

UPA 24 horas amplia equipe para atender aumento de casos
Diante da pressão sobre o sistema de saúde, o município contratou novos profissionais para reforçar a assistência. De acordo com Viviane Carvalho, diretora-geral da UPA 24 horas, a escala foi ajustada com a inclusão de mais um médico no período entre 15h e 21h — faixa de horário considerada crítica pela unidade, pois concentra o maior volume de atendimentos pediátricos. Além disso, o médico responsável pela observação pediátrica passou a cumprir jornada integral, e foram incorporados um novo enfermeiro, oito técnicos de enfermagem e um fisioterapeuta para o turno da noite:

Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação

Viviane Carvalho

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UBSs com horário estendido ajudam a desafogar a UPA
O secretário municipal de Saúde, Gilberto Denoziro Valadares, acompanha de perto esta situação preocupante. Ressalta que como parte das medidas para melhorar a resposta à demanda, três Unidades Básicas de Saúde já estão funcionando em horário estendido, até às 20h:

Gilberto Denoziro Valadares

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Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação

Saúde em alerta e comunidade convocada à prevenção
A Secretaria Municipal de Saúde monitora de perto a evolução dos casos e avalia a adoção de novas medidas. Enquanto isso, a orientação é clara: redobrar os cuidados com as crianças, manter a vacinação em dia e procurar os serviços de saúde ao menor sinal de agravamento dos sintomas:

Gilberto Denoziro Valadares

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Crianças pequenas são as mais afetadas
O médico Davi Laurindo, diretor técnico da UPA, alerta que as crianças menores de dois anos, especialmente as que têm menos de seis meses ou apresentam comorbidades como prematuridade e diabetes neonatal, são as mais vulneráveis. Ele explica que o vírus sincicial respiratório tem sido o principal causador dos quadros mais graves, como a bronquiolite:

Davi Laurindo

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Prefeitura de Pará de Minas/Divulgação

Cuidados preventivos e vacinação são fundamentais
Davi Laurindo também reforça a importância da vacinação como medida preventiva contra doenças respiratórias. Embora algumas crianças possam ter reações leves à vacina, ele argumenta que os benefícios superam os riscos.

Além da imunização, o médico recomenda cuidados simples como manter ambientes bem ventilados, evitar aglomerações, higienizar brinquedos e superfícies e procurar atendimento médico assim que os sintomas se agravarem:

Davi Laurindo

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De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a UBS Nossa Senhora da Piedade, UBS Providência e UBS Walter Martins, continuarão funcionando até às 20 horas. A ideia é oferecer atendimento primário mais acessível, permitindo que casos menos graves sejam tratados fora da UPA, que tem foco em situações de maior complexidade.

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