Orientações para evitar brigas entre cães e gatos

No cinema e nos desenhos animados, cachorros e gatos costumam ser retratados como inimigos mortais, mas a realidade pode estar bem distante da ficção. Apesar de serem de espécies diferentes, esses bichinhos de estimação podem perfeitamente conviver em harmonia.

Segundo o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, André França, não há fatores biológicos decisivos que expliquem a suposta “competição” entre os animais.

“É comum associar que esse desentendimento ocorra pela diferença de espécies, no entanto, é possível fazer com que elas convivam em paz no mesmo ambiente ou até mesmo se respeitem. Vale ressaltar que essa relação se dá a partir da disputa de território, objetos, brinquedos e atenção do tutor”, afirma o médico veterinário.

A seguir, o especialista lista algumas dicas para que os tutores consigam fazer a paz reinar entre os bichos.

Analise a idade do animal da adoção
Se você já tem um gato filhote, por exemplo, trazer um cachorro mais velho pode não ser uma boa ideia, pois o filhote poderá brincar com o novo animal e isso lhe causaria um fator de estresse, ocasionando em possíveis alterações comportamentais, incluindo agressividade. Da mesma forma, se na residência já há uma cadela adulta, ela não terá a mesma energia para acompanhar as brincadeiras de um animal mais novo.

Há alguns casos em que uma cadela pode aceitar filhotinhos – seja de cão ou de gato – de forma receptiva, como se eles fossem suas próprias crias. A combinação de fatores como idade e hábitos em comum dos animais é um bom começo de convivência pacífica.

Ofereça espaço, comida e brinquedos individuais
A maior parte das desavenças entre os animais se dá por conta de território. O animal dominante, geralmente o primeiro, ou que está a mais tempo no ambiente, não vai querer perder seu espaço, e por isso é comum que o pet fique agressivo e até depressivo com a chegada de um novo bicho em casa.

Por essa razão, é importante que o tutor crie ambientações para que os animais se sintam bem e não tenham sua competição por território estimulada: brinquedos, caminhas, banheirinhos e potes de água e ração não devem ser compartilhados, cada animal deve ter o seu. Deve-se destacar também que ambientes limpos e higienizados permitem com que os pets se mantenham mais confortáveis, o que favorece o fornecimento de bem-estar animal.

Além disso, é interessante que haja alguma ambientação para os gatos, com nichos ou plataformas onde os animais possam ficar no alto — é um comportamento natural desses animais — e que sejam uma área de “refúgio” caso eles sejam atacados ou perseguidos pelos cachorros.

Dê atenção igual aos pets
A competição entre os pets também pode ser causada por atenção desmedida entre os animais. O tutor deve dar a mesma atenção a todos os animais, começando em especial pelos pets que vivem há mais tempo no local. Da mesma forma, na hora de distribuir a comida, os primeiros bichos do local devem ser alimentados primeiro.

Crie um ambiente de harmonia
Os animais devem ser estimulados a conviver pacificamente e o tutor deve estimular brincadeiras, sempre repreendendo as brigas. Para isso, quando testemunhar alguma desavença entre eles, o ideal não é bater ou castigar, mas sim, repreendê-los de maneira firme e impositiva, demonstrando insatisfação com aquela situação.

Por outro lado, quando perceber avanços na relação deles, como uma brincadeira em conjunto ou os dois dividindo caminhas, isso deve ser festejado — com petiscos ou palavras ou manifestações de carinho. Assim o animal fará a associação que o relacionamento harmonioso é recompensado com bons momentos. Com informações da assessoria de imprensa da Faculdade Anhanguera.

PUBLICIDADE
[wp_bannerize_pro id="valenoticias"]
Don`t copy text!