ONU elogia gestores de países-membros sobre declaração contra uso de explosivos em áreas povoadas
No início de abril, representantes de países-membros das Nações Unidas realizarão conversas informais para redigir uma declaração política sobre a proteção de civis dos danos causados por uso de armas explosivas em áreas residenciais.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que desde 2009 ele tem ressaltado o impacto severo do uso de explosivos sobre áreas povoadas e pedido a todos envolvidos em conflitos que protejam os civis e as infraestruturas civis.
Traumas para meninas e meninos
O encontro deve ocorrer de 6 a 8 de abril, em Genebra, na Suíça.
Segundo Guterres, quando essas armas são utilizadas em áreas residenciais, 90% dos feridos ou mortos são os moradores. Essas ações também causam traumas para milhões de meninas e meninos, homens e mulheres.
Certos tipos de explosivos foram planejados para campos de batalha, quando usados em áreas populadas eles espalham destruição ampla que afeta instalações de saúde, escolas, estações de água e saneamento, energia elétrica e outros locais além de causarem danos ao meio ambiente.
O chefe da ONU pediu aos países-membros que produzam um texto contundente e que incluam um compromisso expresso para evitar o uso de armas explosivas em áreas residenciais.
Lei internacional
Guterres também apoia políticas operacionais e padrões baseados na lei humanitária internacional sobre o uso desses explosivos em áreas habitadas.
A destruição de alvos civis e da infraestrutura tem efeitos amplos sobre a população com perdas de longo prazo.
Também impede o acesso à educação, a serviços de saúde, comunicação, abastecimento de água e outros fatores de sobrevivência.
Com isso, são impactados os direitos sociais, econômicos e culturais das pessoas.
Uma outra consequência é o deslocamento dos civis dentro e fora do país atingido..
A utilização de explosivos impede a estabilização e reconstrução e ainda custa caro remover essas armas. A limpeza de minas antipessoais é uma ação complexa, custosa e perigosa. Com ONU News